"Sou um garoto. Tenho 22 anos e muito o que aprender. Preciso ter humildade. Mas sei que se treinar com força e continuar melhorando neste ritmo posso ser o melhor do mundo. Lutarei para que isso aconteça", disse o ex-santista ao ser perguntado sobre sua reação tranqüila ao ser deixado no banco pelo técnico Fabio Capello.
Robinho afirmou que amadureceu e, atualmente, é consciente de que um gol é mais importante do que um drible. Entretanto, reconheceu que seu drible é mais eficaz que sua definição. "Tenho que trabalhar mais para melhorar a finalização".
O jogador também negou que colegas de time tenham se queixado na temporada passada de que ele driblava demais.
"Meus colegas não me disseram nada. Tenho confiança total neles. O que me dizem é que sempre tenho que driblar olhando para o gol. Os técnicos também não me dizem nada. Capello só me diz que tenho que fazer o que sempre fiz, o mesmo que no Brasil, mas com (mais) responsabilidade", afirmou.
Robinho apontou a marcação como aspecto mais diferente entre sua responsabilidade no futebol espanhol e na época em que atuava no Brasil.
"Aqui, muda a marcação. É preciso defender com mais força. Quando você perde a bola, tem que voltar para marcar na sua zona. Mas com a bola não tenho que mudar. Tenho que fazer o que sei: driblar e fazer jogadas em velocidade. Esse é o meu estilo e nunca tenho que mudá-lo", disse.
O atacante também disse que não se sentiu incomodado ao saber que seria treinado por Capello, técnico que carregava a fama de retranqueiro.
"O Emerson me disse que Capello era um vencedor, que com ele eu ganharia títulos, e que ele era muito boa gente. Além disso, sempre tive uma relação ótima com todos os técnicos. Nunca briguei com ninguém", concluiu o atacante.