Otávio Mesquita viveu no último sábado (23) um momento inédito em sua carreira no automobilismo. O apresentador de televisão conquistou, após mais de uma década de atuação nas pistas, a primeira vitória. Foi na oitava etapa do GT3 Cup Challenge Brasil, competição desenvolvida em rodadas duplas, sempre com provas no autódromo paulista de Interlagos e que tem o grid formado unicamente por carros Porsche 911 GT3 Cup.
Na segunda prova do dia, largando em quarto, Mesquita superou Totó Porto no "S" do Senna. "Foi uma ultrapassagem arriscada, nós quase rodamos", lembra o piloto. Na volta seguinte, superou Baptista e deu início à perseguição a Zattar. "Ele estava uns quatro segundos à minha frente. Eu tinha economizado pneu e o carro estava muito bom, não foi tão difícil descontar a diferença. Foi aí que começou a parte mais emocionante da corrida", avalia.
O piloto-apresentador confessa a dificuldade que teve em acreditar que a primeira vitória estava se aproximando. "Quando faltavam umas três voltas para o final, eu comecei a ficar apreensivo. Na última volta, comecei a chorar. A emoção de vencer uma corrida é indescritível, ainda mais para mim, que comecei a correr por hobby e comecei a levar a coisa a sério muito tempo depois. Aí lembrei toda a história com o Ayrton, não para segurar o choro", conta.
A história em questão remonta a um jantar há 14 anos. "Nós estávamos no Esplanada Grill. Eu estava começando a me envolver com o automobilismo. O Ayrton se divertia com aquilo, me chamava de 'bração', ele era muito gozador. Eu prometi que ganharia uma corrida um dia e que ele teria que ficar segurando o meu troféu. Ele topou. Infelizmente, não está aqui, tenho certeza de que pagaria a aposta com prazer. Mas a vitória é dedicada a ele".