Campo Grande (MS) - No placar cinco a zero, em campo, um passeio e no banco um treinador feliz, porém cauteloso. Satisfeito com o início dos frutos colhidos após um trabalho precoce e que rendeu acima do esperado. O Cene goleou o Comercial, domingo (20), no Morenão com mais posse de bola, mais chutes ao gol e mais cara de time. Tática e tecnicamente melhor, o furacão amarelo de Valter Ferreira começou o campeonato estadual dando show.
“É planejamento, começamos antes a preparação pra competição e isso é passado pra dentro do campo. Mas ainda tiveram muito erros, muitas faltas, mas é trabalhar dentro de campo pra corrigir”, explicou Ferreira.
Mesmo com a ausência de dois titulares, o zagueiro Naka e o lateral esquerdo Fabiano, os atletas que entraram deram conta do recado. “Não temos titulares, temos jogadores que no momento estão ocupando o espaço no time, agora por um motivo ou outro acontece a saída de algum deles, obviamente surge a oportunidade para aqueles que estão se preparando pra isso”, elogiou. Valter afirmou que esde que entrem e não deixem cair o rendimento, a tendência é quem entra bem ganhar espaço.
No segundo tempo, o comandante amarelo, promoveu as entradas de entrada de Eric e Keverson, os dois entraram muito bem e o último ainda marcou o quinto gol da equipe. Dor de cabeça agradável, segundo ele. “Prefiro ter esse tipo de problema do que olhar pra trás e não ver solução alguma. Isso é bom, nos precavemos, corremos atrás pra montar um grupo forte, não um time, então de acordo com o que vai acontecendo, as substituições vão acontecendo, os desfalques vão aparecer e o grupo está preparado pra isso”, detalhou.
Valter não confirmou quem sai ou quem entra para o próximo compromisso do time, quarta-feira, 16h, no estádio Olho do Furacão, mas garantiu que poderá contar com Naka e Fabiano, que voltam de lesão. A tendência é que Naka, mais recuperado, volte, no lugar de Bruno. Keverson e Eric que entraram bem, podem começar o jogo contra o MAC, mas ele não garantiu se mexe na equipe. “Todos eles estão brigando por um espaço no time e aquele que vacilar um pouquinho pode perder essa oportunidade. Ai agora é começar a pensar no próximo jogo”, declarou, indeciso.
Outra preocupação, nem tão agradável assim, são as dimensões do campo do Olho do Furacão, menores que as do Morenão e propícia para que o adversário se feche e dificulte a criatividade dos atletas cenistas. “Atrapalha, porque fica mais difícil de criar, não tem espaço pra isso, nivela muito e pra quem quer se defender, como eles jogarão fora de casa, ficam ali atrás e jogam nos contra-ataques, mas o time treina lá todo esse tempo e esperamos repetir a atuação”, completou.