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Após a conquista do hexa, técnico Zé Roberto mira Mundial de Vôlei

terra esportes - 11 de set de 2006 às 10:42 174 Views 0 Comentários
Após a conquista do hexa, técnico Zé Roberto mira Mundial de Vôlei Seleção feminina comemora hexa do Grand Prix

Rio de Janeiro (RJ) - A festa pela conquista do hexacampeonato do Grand Prix foi grande, mas já tem data para acabar. Na próxima segunda-feira, a Seleção Brasileira feminina de vôlei se apresenta no Centro de Desenvolvimento do Voleibol, em Saquarema, no Rio de Janeiro. Para iniciar a preparação do Mundial, que tem início marcado para o dia 31 de outubro, no Japão, o principal desafio da temporada 2006 e único título que ainda falta na galeria.

"Todo o trabalho forte que estamos fazendo é voltado para o Mundial. Mesmo durante a disputa do Grand Prix, não reduzimos a carga de treinos, apenas fizemos adequações em função dos jogos. O enfoque na parte física foi grande. É um caminho que a equipe ainda está percorrendo. Ainda temos pouco mais de um mês de preparação e a carga continuará forte", explica o técnico José Roberto Guimarães.

Desde que assumiu a Seleção em 2003, Zé Roberto disputou 15 torneios. Levou a equipe ao pódio em 14, conquistando 13 medalhas de ouro. Mas apesar do bom retrospecto, ele acredita que a equipe pode crescer ainda mais.

"Ainda temos o que melhorar, como o bloqueio. A defesa já atingiu um bom nível de qualidade, mas também pode melhorar, assim como o contra-ataque. O saque tem ajudado bastante durante as partidas, mas precisa continuar objetivo e agressivo", diz.

Este ano, o Brasil conquistou os quatro torneios que disputou (Montreux Volley Masters, Torneio de Courmayeur, Copa Pan-Americana e Grand Prix). Neles, venceu todas as principais seleções do planeta, algumas mais de uma vez: a campeã olímpica China, a campeã mundial Itália e a vice-campeã olímpica Rússia, além de Cuba e Estados Unidos.

Porém Zé Roberto alerta que o Mundial é uma competição que não permite erros, na qual a concentração deverá ser total.

"No Mundial, se joga praticamente todos os dias. Qualquer ponto perdido pode significar um risco de eliminação. A margem de erro é mínima. Para suportar essa maratona, a parte física precisa ser bem feita. Também precisamos de jogadoras que possam entrar e manter o nível do time. Por isso, a atenção deve ser redobrada", conta o treinador.

Para Zé Roberto, o Brasil tem condições de jogar de igual para igual com qualquer outra equipe. Porém nem conquistas como o hexacampeonato do Grand Prix são sinônimos de dever cumprido.

"Como técnico, tenho de manter os pés no chão. Nunca estou tranqüilo. Quando acaba um campeonato, mesmo que a gente ganhe, já pensamos no desafio seguinte, que será o mais importante de todos. Vivemos nessa roda, que é muito difícil", diz Zé Roberto.

"Ainda precisamos trabalhar mais para atingir um nível ótimo de excelência, como um time respeitado, experiente e com maturidade para sair de situações difíceis", reafirma o treinador.

Se conquistar o título mundial pela primeira vez é o objetivo mais imediato, o sonho é a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim/2008.

"Este é o sonho maior. Quero continuar trabalhando com este grupo, que é muito legal e dá uma resposta rápida a tudo, mesmo em situações complicadas. Elas jogam vôlei de uma maneira feliz, passam uma coisa muito boa quando estão na quadra. É um time que só vai perder se o adversário realmente for melhor. É o espírito dessa equipe e o orgulho de representar o Brasil que me estimulam a continuar", finaliza Zé Roberto.

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