Se levou à suspensão da corrida e tirou da competição pelo menos oito caminhões, o acidente que envolveu 19 pilotos na largada da sexta etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck, domingo (7), consolidou a eficiência das medidas de segurança adotadas pela categoria. A construção robusta dos caminhões garantiu a integridade física dos envolvidos no múltiplo acidente no Autódromo Internacional de Campo Grande.
As contusões contabilizadas foram desprezíveis diante da proporção da batida. O goiano José Maria Reis, que ficou preso às ferragens de seu Ford por cerca de 50 minutos, sofreu uma fratura na rótula do joelho esquerdo. Vignaldo Fízio sofreu uma pequena fratura no cotovelo esquerdo. Beto Monteiro teve um ferimento na mão. Pedro Muffato, com dores na costela, passou por uma bateria de exames de rotina, sem qualquer fratura ou luxação.
"Pela monstruosidade do acidente, as conseqüências foram pequenas", analisa o piloto paulista Roberval Andrade. "O que aconteceu em Campo Grande mostrou que temos caminhões muito seguros e que os médicos e as equipes de socorro da Truck são competentes e bem preparados. O drama do José Maria foi bem maior que o nosso, mas ele estava bem protegido pela cabine do caminhão dele e foi atendido por médicos muito bons", reconhece.
O Ford do piloto goiano ficou com as rodas para cima, sob os restos do Mercedes-Benz de Heber Borlenghi. O amontoado de caminhões acidentados e o vazamento de combustível e outros fluidos dificultaram o trabalho das equipes de resgate. "É num momento como esse que a gente tem a exata noção da estrutura que a Fórmula Truck oferece. O risco de incêndio foi neutralizado antes mesmo de começarem a socorrer os pilotos. Um ótimo trabalho", frisa.