Vôlei | Divulgação | 07/12/2005 16h56

Principal torneio do país, Superliga começa com equilíbrio

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Ter os principais nomes da seleção nem sempre é sinônimo de campeonato atraente. A afirmação pode parecer estranha, principalmente quando essas atletas são os melhores do mundo, mas ganha respaldo nas Superligas deste ano. A largada ocorre nesta quarta-feira, com o torneio masculino.

Com os principais atletas de Bernardinho no exterior, o campeonato começa com equilíbrio jamais visto e que vinha crescendo nos últimos anos.

Três equipes, no papel, são apontadas como favoritas, mas pelo menos outras quatro têm chances reais de surpreender. \"A competição é muito longa. Pode acontecer qualquer coisa. Você vai ter de jogar sempre atento porque um tropeço contra um time teoricamente mais fraco pode te custar caro lá na frente\", diz Jon Uriarte, técnico do Minas, campeão paulista pelo Pinheiros.

Enquanto isso, com quase todas as suas estrelas em ação no país, a Superliga feminina vive outro ano de marasmo. Mesmo com o reforço de Macaé, que conta com a levantadora Marcelle e ponta Érika, Osasco e Rio de Janeiro continuam como grandes favoritos.

Prova disso foi o massacre das duas equipes em seus Estaduais, que dividem os outros clubes nacionais como convidados. \"É como no ano passado, por causa das atletas da seleção, as duas são favoritas. Mas os outros times terão turno e returno para se acertar. Nos mata-matas é que vamos ver a realidade mesmo\", diz a meio-de-rede Valeskinha, referindo-se ao regulamento.

No torneio feminino, que começa na próxima sexta, nove equipes estão inscritas. Com isso, apenas uma cai após a primeira fase. As outras vão para a etapa de confrontos eliminatórios.

Por ter 12 times, o masculino será mais emocionante, já que três deles podem ser eliminados antes das quartas-de-final. O torneio começa amanhã, com Minas x Ulbra. Para técnicos e dirigentes, o principal problema para a polarização é a falta de verba.

Poucos clubes conseguem bancar os altos salários de jogadores da seleção. Entre os homens, a discrepância com a concorrência dos euros é tão grande que já provoca êxodo dos segundo e terceiro escalões de atletas.

No feminino, apesar de as cifras de selecionáveis atingirem mais de R$ 300 mil, ainda é possível manter as principais atletas. Mas só para poucos.

\"O mercado está jogando muito pesado. É difícil contratar e segurar atletas. Perdemos muitos e estamos com um grande número de jovens, juvenis e até um pessoal do infanto. Nosso time é uma incógnita\", afirma o treinador Mauro Grasso, do Banespa, que às vésperas da Superliga perdeu metade de seu patrocínio.

Na edição 2004/2005, com um bom aporte financeiro, ele contava com o atacante Nalbert e conquistou o título. Mesmo assim, foi uma \'zebra\". Seu time não era tido como o favorito quando largou no campeonato.

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