Tênis de Mesa | Pedro Nogueira/Da Redação | 22/05/2011 20h30

1ª Etapa do Circuito MS de Tênis de Mesa reúne 156 atletas

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Campo Grande (MS) - A 1ª etapa do Circuito MS de Tênis de Mesa aconteceu neste domingo de manhã na Nipo. Com oito mesas e um juíz por mesa, a competição foi divida nas categorias absoluto, juvenil, infantil e mirim no feminino e veterano, absoluto, juvenil, infantil e mirim no masculino, totalizando 60 atletas femininas e 96 masculinos.

O Circuito tem 4 etapas, sempre premiando os quatro primeiros com troféus. A próxima etapa acontecerá no sábado no Guanandizão. Cada etapa terá seus campeões e na quarta e última etapa reúnem-se apenas os vencedores das etapas anteriores.

O presidente da Federação de Tênis de Mesa do Mato Grosso do Sul, Marco Antonio Tavares, disse que o primeiro semestre será dedicado à base, com circuitos com partidas entre escolas, com inscrições abertas a todos. Segundo Tavares, a idéia é socializar e mostrar que "um jogador de escola pública pode enfrentar o campeão brasileiro Rafael Watanabe". O segundo semestre será dedicado ao estadual, contando com atletas federados apenas, e partidas de melhor de 5 sets e não melhor de 3 como aconteceu na competição disputada este domingo.

O presidente disse que não tem o que esconder à respeito do recurso destinado ao evento (R$ 20.400,00 vide Diário Oficial do dia 28 de abril), e que o montante foi divididos em quatro parcelas, uma para cada etapa disputada.  Tavares declarou gastar com arbitragem, premiação, estrutura, site e com o pagamento de transporte para as escolas públicas chegarem à Nipo. Ainda disse que usando toda a verba ainda falta dinheiro, cerca de 30% das despesas, que são pagos com patrociníos.

Os juízes não quiseram revelar quanto receberam para serem àrbitros no Circuito.

Seis escolas participaram da competição, o Hércules Maymone, o Centro Nova Esperança, a Nipo, o Dom Bosco, o Pantanal e a Bola Rápida.

Gabriel Ota, 19, é professor de Tênis de Mesa da Nipo, e também competia pela categoria absoluto. Ota incentiva e animava seus pupilos que estreiavam em competições."Tento acalmá-los, deixá-los tranquilos. É só eles irem e mostrarem o que sabem fazer", diz. O professor lamenta as dificuldades.

"O Tênis de Mesa não é divulgado pela mídia, você nunca vê nada, quando vê é muito pouco. Além disso, é um esporte muito caro, uma raquete boa custa uns duzentos reais. Não é qualquer um que tem condições de competir".

Atletas do Centro Nova Esperança, patrocinados pela Limperfect, foram disputar o circuito com cerca de trinta atletas. Era a primeira vez de Eduardo Augusto, que compete pela categoria juvenil. Eduardo disse gostar muito da modalidade e que o tênis de mesa está no sangue: "Toda vez que vejo alguém jogando fico morrendo de vontade de jogar". Nicácio Silva, que também joga xadrez, exaltou o lado distrativo e amigável do tênis de mesa:"as vezes te irrita, mas normalmente serve para acalmar e é um esporte da paz. Nunca vi uma briga", conta.

Atleta do Dom Bosco, Bianca Ono, 15, vem se destacando no cenário sul-mato-grossense e é a nova promessa segundo indicaram professores e membros da organização do evento. Bianca tem 15 anos e compete pelo infantil, porém no Circuito foi inscrita no juvenil. Bianca tem uma meta traçada:" quero vencer o brasileiro em salvador este ano".

A maior promessa do tênis de mesa, Rafael Watanabe, bi-campeão brasileiro, 1º no rating na Copa Brasil em Brasília este ano, espera apoio para competir 2ª etapa da Copa Brasil de Tênis de Mesa, desta vez em Recife."Recebemos pouco apoio no Estado, é complicado. Espero que a Federação consiga me apoiar para eu ir à Recife".

Rafael sonha em fazer parte da Seleção Brasileira. Para isso precisa fazer pontos para ir à seletiva ano que vem e vencer para entrar na seleção. Em 2009, Rafael ficou por um triz: foi vice-campeão na seletiva e ficou de fora. Este ano ele espera ir bem no Brasileiro em Salvador.

Seu irmão e também jogador, Marcio Watanabe, contou que o atleta treina pouco, por falta de estrutra e apoio ao esporte no MS. Citou ainda que Rafael vence graças ao talento, pois consegue grandes resultados mesmo sem treinar frequentemente. Porém, afirma que fica visível a diferença de preparo entre os mesatenistas do MS e de outros estados.

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