Premiações | Divulgação | 10/12/2005 11h40

Ádria dos Santos e Antonio Delfino eleitos os melhores do ano

Compartilhe:

O atletismo paraolímpico brasileiro está em festa. Dois de seus principais representantes foram eleitos como os Melhores Atletas Paraolímpicos de 2005. Ádria dos Santos, velocista que se prepara para a sua sexta participação em Jogos Olímpicos, e Antonio Delfino, recordista mundial dos 200m e 400m, foram indicados pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro para receber o troféu da categoria no Prêmio Brasil Olímpico 2005. A entrega do troféu será no próximo dia 13, em cerimônia no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

A escolha do Melhor Atleta do Ano continua pela Internet. No masculino concorrem Robert Scheidt (vela), João Derly (judô) e Giba (Vôlei). No feminino disputam o troféu as ginastas Daiane dos Santos e Laís Souza e a lutadora de taekwondo Natália Falavigna. A escolha do Melhor Atleta do Ano é feita pelo público, através de votação pela Internet. A votação pode ser feita pelo site do COB (www.cob.org.br), até o próximo dia 12.

Assim como no ano passado, Ádria foi indicada pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro como a melhor atleta de 2005. Aos 31 anos, Ádria dos Santos é um nome de destaque no esporte nacional. Detentora do recorde brasileiro de medalhas em Paraolimpíadas, a atleta mineira já conquistou 12 medalhas, quatro de ouro e oito de prata, ao longo de cinco participações nos Jogos Paraolímpicos.
A primeira foi em Seul 1988, quando tinha apenas 14 anos.

Nascida em Nanuque (MG), Ádria começou a competir aos 8 anos numa escola para deficientes visuais em Belo Horizonte. Em 1995, mudou-se para o Rio de Janeiro onde viveu por oito anos. Portadora de retinose pigmentar, que acarreta um processo de degeneração dos cones e bastonetes da retina, e de astigmatismo, Ádria supera os limites da deficiência com uma forte rotina de treinos periódicos. Atualmente vive em Joinville (SC), onde treina de segunda-feira a sábado, em sessões de três horas por dia. Dedicada, ela tem uma explicação para a carreira vitoriosa. \\\"Tudo isso é fruto de muita dedicação, pois treino atletismo com paixão\\\", revela a velocista.

Segundo ela, a temporada de 2005 foi de descanso da musculatura, e que, por este motivo, seus tempos estão sendo mantidos conforme orientação técnica. Tudo isso para preservar o corpo nos próximos três anos e garantir uma boa participação na China. Ádria tem na filha Bárbara, de 14 anos, uma das suas maiores incentivadoras.

O piauiense Antônio Delfino é outro grande nome do atletismo paraolímpico brasileiro e mundial. Medalhista de ouro nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004 nas provas em que é especialista (200m e 400m rasos) e de prata nos Jogos Paraolímpicos de Sydney 2000 (400m rasos), Delfino compete na categoria T 46, para atletas com uma das mãos amputadas. O acidente no campo que causou a amputação da mão direita de Antônio, pouco acima do punho, abriu as portas do esporte de alto rendimento para o atleta.

Nascido há 33 anos, em Redenção do Gurgéia (PI), o atleta mora em Brasília desde 1991 e treina diariamente no Centro Integrado de Educação Física (CIEF). A superação e o amor ao atletismo são os principais responsáveis por suas conquistas. \\\"Apesar de ser deficiente, demonstrei para todo o Brasil e para o resto do mundo que isso não é barreira para se tornar um vencedor no esporte. Os resultados vêm com esforço e dedicação\\\", ensina.

Os números comprovam a eficiência de Antônio Delfino. Além das façanhas paraolímpicas, ele também possui no currículo medalhas de ouro nos 100m e nos 400m e bronze nos 200m rasos, no Mundial de Lille, na França, em 2002; além de três ouros nos 100m, 200m e 400m rasos, no Parapan-americano de Mar del Plata, em 2003.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS