Personalidade | Vitor Yoshihara/Da redação | 04/08/2009 15h20

Personalidade: Washington Koiti Kaku

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“Uma coisa que não faço é correr atrás dos caras para vender foto, como outros fazem” “Uma coisa que não faço é correr atrás dos caras para vender foto, como outros fazem” (Foto: Foto: Gil/Esporte Ágil)

Washington Kaku

Ele se define como "um cara persistente". Muitos o acham simplesmente teimoso. Esse é Washington Koiti Kaku, figurinha carimbada nos jogos de futebol de Campo Grande, hoje com 56 anos completos - nasceu em 10 de fevereiro de 1953, na cidade de Guaraçai (SP). Filho de trabalhadores rurais, Kaku iniciou sua carreira de fotógrafo por causa do rádio. "Minha mãe escutou um anúncio de um curso em Andradina (SP) e me mandou para lá quando tinha uns 18 ou 19 anos", relembra. A troca da enxada pela máquina fotográfica seria definitiva.

Acabou indo para Araçatuba (SP) anos depois, onde trabalhou no jornal A Comarca, local do qual guarda muitas lembranças. "Foi lá que conheci Paulo Alcides Jorge, dono do jornal, que foi como um pai para mim na época", afirma. Contudo, apesar de satisfeito no emprego, o fotógrafo acabou vindo para a Capital sul-mato-grossense por insistência de sua sogra. "Vim para ser cinegrafista de uma TV, que tinha até mandado um cara embora. Quando vi que queriam me pagar pouco, mandei chamarem ele de volta", conta, aos risos.

Apesar de ser mais conhecido nos gramados de futebol, o fotógrafo afirma que não tem nenhuma discriminação com outros esportes. "Não tenho distinção, até porque futebol vende muito pouco pela quantidade de fotos que você tira", diz, reclamando ainda de outros companheiros de profissão. "Uma coisa que não faço é correr atrás dos caras para vender foto, como outros fazem", explica.

Casado e pai de um casal de filhos, Kaku foi se adaptando e aprendeu a lidar com a tecnologia e com as pessoas que tentam se aproveitar dela para ganhar dinheiro. "Certa vez, ia comprar uma lente de um conhecido meu por 150 reais, mas ele falou que por seu meu amigo faria por 100. A lente estava estragada. Ainda bem que não tinha pagado ainda", afirma.

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