Paradesporto | Da redação/com GB Esporte | 16/03/2014 13h51

Técnico observa paratletas com potencial para seleção de futebol de 7

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Campo Grande (MS) - Conquistar o primeiro lugar em todas as competições que disputar. Esse é o ambicioso objetivo da seleção brasileira de futebol de sete paralímpico (para pessoas com paralisia cerebral). O Brasil bateu na trave nos Jogos de Londres-2012, ficando em quarto lugar. De olho nos próximos eventos internacionais e nos Jogos do Rio em 2016, a comissão técnica começa a rodar o país em busca de atletas com potencial para integrar a equipe principal.

Torneios regionais são a oportunidade ideal para o encontro de técnicos e paratletas. Como a Copa Centro-Oeste da modalidade, que neste fim de semana reuniu em Campo Grande quatro equipes de Mato Grosso do Sul e duas do Distrito Federal. Nas arquibancadas da praça Elias Gadia estavam o técnico da seleção principal, Dolvair Castelli, e o presidente da Associação Nacional de Desporto para Deficientes (Ande), Frederico Frazão. O dirigente afirma que Mato Grosso do Sul é um celeiro de craques do paradesporto.

- É o maior centro de revelação de jogadores, fico impressionado como surgem promessas nesse estado. Apenas no ano passado, quatro jogadores saíram daqui e foram integrar a seleção - conta Frazão.

O treinador já tem a receita para fazer da seleção brasileira a principal potência da modalidade: mesclar a filosofia do futebol total, praticado pelo Bayern de Munique, com o conceito da Laranja Mecânica, estilo imortalizado pela seleção da Holanda na Copa do Mundo de 1974.

- Hoje em dia o Bayern joga de forma bastante ofensiva, indo ao ataque objetivamente e fazendo a marcação no campo do adversário. Também trouxemos o rodízio de funções, como fazia a Holanda. Os atletas que convocamos precisam ser completos. Na última pré-convocação, apenas três eram especialistas, no caso, os goleiros. Os demais precisam desempenhar todas as funções em campo. É a dinâmica do jogo que vai ditar o posicionamento dos atletas - explica Dolvair, que tem 20 anos de experiência nas seleções de base paralímpicas e assumiu o cargo de técnico da equipe principal em 2013.

A experiência do futebol total foi implementada com sucesso na seleção durante a Copa Intercontinental, disputada em Barcelona em agosto de 2013. Invicto na fase de grupos e depois de superar a Rússia, campeã paralímpica, na fase de mata-mata, o Brasil só foi parado na final pela Ucrânia, prata em Londres-2012.

Os principais desafios da atual temporada são um torneio internacional na Holanda, em maio, e a Copa América no Canadá, em Setembro. A Ande, entidade que gerencia o paradesporto no país, já fez este ano duas convocações para treinamentos no CT de Águas de Lindoia (SP).

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