Paradesporto | Lucas Castro | 10/08/2019 18h06

MS obtém 6 medalhas nas primeiras disputas da 2ª fase nacional do Circuito Brasil de Atletismo

Compartilhe:

No primeiro período deste sábado (10), da segunda fase nacional do Circuito Brasil Loterias Caixa de Atletismo 2019, seis paratletas sul-mato-grossenses subiram ao pódio. A competição, organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), teve início nesta sexta-feira (9) e vai até domingo (11). As provas são realizadas no Centro de Treinamento Paralímpico, na Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo-SP.

Das seis medalhas conquistadas, três foram de ouro e três de prata. Na modalidade RaceRunning (Petra), classe RR3, Flávia Silverio Torquato de Lima, da Associação Seninha de Atletismo de Mato Grosso do Sul (Asa-MS), subiu ao lugar mais alto do pódio, após fazer a prova em 23s17. Com o resultado, a atleta bateu seu próprio recorde nacional, que era 24s12, obtido em 25 de abril deste ano.

A também sul-mato-grossense Selma Vargas Ferreira, da Associação Campo-Grandense Paradesportiva Driblando as Diferenças (ADD-MS), ficou na segunda posição na Petra classe RR3. Ela atingiu o tempo de 26s20.

Quem também faturou a medalha dourada foi Rosenilda Aoyama, do Centro de Apoio ao Portador de Deficiência Física de Dourados (CADD), no arremesso de peso, classe F63. Ela atingiu 6,30 metros. O recorde nacional da modalidade é dela, quando fez a marca de 6,66 metros em 8 de junho deste ano, na primeira fase nacional do Circuito Brasil.

Flávia Lima medalhou na petra (Foto: Divulgação/Asa-MS)

Nathalya Mendonça Ribas, da Asa-MS, foi prata nos 100 metros da classe T13, para competidores de baixa visão. A campo-grandense completou a disputa em 14s33. A brasiliense Rayane Soares, convocada para o Parapan-Americano de Lima 2019, percorreu os 100m em 12s64 e ficou com o ouro. A terceira colocada foi Joana Helena (14s77), de Uberlândia-MG.

Entre os homens, Paulo Henrique Andrade dos Reis, da Associação Esportiva Dourados Paralímpico, colocou a medalha de ouro no peito no salto em altura, classe T13. O sul-mato-grossense alcançou 1,84 metro. Marcelo Pocidonia, da Associação de Deficientes Visuais de Itajaí e Região (Advir), foi prata (1,24m) e Ernesto Mendonça, do Centro Universitário Central Paulista (Unicep), garantiu o bronze (1,60m).

Com o resultado em São Paulo-SP, Paulo Henrique bateu pela segunda vez o recorde brasileiro da prova, na classe T13. O último foi obtido pelo paradesportista de Mato Grosso do Sul no dia 30 de março deste ano, em Uberlândia-MG, com marca de 1,83 metro. 

Nathalya mais uma vez subiu ao pódio do Circuito (Foto: Divulgação/Asa-MS)

Da mesma equipe, Jonatan da Silva Ferreira assegurou a prata nos 100 metros, classe T37. Ele terminou a prova em 12s60. O primeiro colocado foi Mateus Cardoso, da Uni Santanna, que correu em 11s82. Lucas Ferrari, da Associação Florianopolitana de Deficientes Fisicos (Aflodef), terminou com 13s08.

Revelações de MS

A competição teve ainda participação de outros paradesportistas nascidos em Mato Grosso do Sul, mas que, atualmente, defendem outros clubes, de outros estados. É o caso de Gabriela Mendonça Ferreira, prima de Nathalya Mendonça, do Instituto Elisângela Maria Adriano (Iema), de São Caetano do Sul-SP, que correu os 100 metros das classes T12 (baixa visão) em 12s49.

Gabriela Mendonça e seu guia nos 100m (Foto: Ana Patrícia/Exemplus/CPB)

Com esta marca, Gabriela Mendonça garantiu a medalha de ouro. A sul-mato-grossense superou a atual detentora do recorde brasileiro (12s12), Viviane Soares, da Associação dos Deficientes Visuais de Taubaté e Vale do Paraíba (ADV-Vale) que, nesta prova, fez 12s69 e ficou com a prata.

Gabriela Mendonça estará nos Jogos Parapan-Americanos de 2019 de Lima, no Peru, de 23 de agosto a 1º de setembro. "Gostei da prova de hoje. Estou muito feliz com a convocação para Lima, porque vai ser uma experiência que eu ainda não tive. Só tinha sido convocada para competições juvenis e vou começar minha fase adulta”, comentou a atleta, que ganhou medalha de ouro nos 100m, nos 200m e prata no salto em distância no Mundial de Jovens de Nottwill, em 2017.

Gabriela, 21 anos, tem baixa visão devido a toxoplasmose. Durante a gravidez, a mãe da atleta foi mordida na barriga por um gato infectado. Em 2009, ela conheceu o esporte paralímpico por meio de um projeto escolar em Campo Grande.

O naviraiense Fabrício Junior Barros Ferreira também foi ao pódio. O atleta de 21 anos, que representa a Advir, de Itajaí, faturou a prata nos 100 metros masculino, classe T12, com marca de 11s01. Ele foi superado por Kesley Josué Teodoro, da Uni Santanna, que chegou a 10s97. O bronze foi para Joeferson de Oliveira, da Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad), da Paraíba, com 11s04. O recorde brasileiro é do velocista de Naviraí, que fez a prova em 10s83 em 16 de junho de 2019.

Fabrício é o dono do recorde nacional nos 100m T12 (Foto: Arquivo pessoal)

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS