Paradesporto | Com Fundesporte/Lucas Castro | 18/11/2019 08h06

MS busca medalha no Parabadminton das Paralimpíadas Escolares

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A etapa nacional das Paralimpíadas Escolares 2019 terá como novidade a inclusão do parabadminton. O maior evento do planeta para atletas com deficiência em idade escolar acontece de 18 a 23 de novembro, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo-SP. Na Terra da Garoa, as disputas da modalidade terão início na quarta-feira (20.11) e vão até sexta-feira (22.11), com partidas nos períodos matutino e vespertino.

O esporte “caçula” da competição nacional, organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), já é desenvolvido nas escolas da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul, por meio do Programa Escolar de Formação e Desenvolvimento Esportivo, da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte), que estimula as potencialidades dos alunos-atletas e paratletas. O projeto é realizado em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Sed-MS), por intermédio de seu Núcleo de Esportes (Nesp).

A equipe que representará o Estado na capital paulista é formada por quatro paratletas, todos de Três Lagoas, estudantes da Escola Estadual Bom Jesus e integrantes do Programa Escolar Esportivo. “Eu fico muito feliz com o crescimento do paradesporto e com a inclusão de novas modalidades. É o primeiro ano que participaremos do parabadminton e acredito que faremos uma grande campanha. É um ganho para Mato Grosso do Sul e para o esporte do Brasil”, avalia o técnico sul-mato-grossense da modalidade, Roney Ferreira de Araujo.

Dentre os quatro, Yuki Roberto Rodrigues é o mais experiente e, mesmo com idade escolar, já desponta a nível Brasil. Atualmente, no ranking nacional do parabadminton adulto, estabelecido pela Confederação Brasileira de Badminton (CBBd), o paratleta de 17 anos é o quinto colocado na categoria simples masculino e quarto na dupla masculina. Ambas as colocações são na SU5, classe funcional de pessoas com deficiência nos membros superiores. Clique aqui e confira o ranking.

“Com o Yuki, temos grande possibilidade de trazer uma medalha para Mato Grosso do Sul logo no primeiro ano”, revela Araujo. O três-lagoense foi o primeiro desportista de Mato Grosso do Sul a disputar o Campeonato Brasileiro de Parabadminton, em setembro de 2018.

Os outros membros do grupo são Analanda Mafissoli, de 17 anos; Lariane Cirino, de 15 e Lucas Samuel Alves, de 14. Segundo o treinador, os três são iniciantes no esporte e o megaevento em São Paulo servirá como motivação para focar nos treinamentos em Três Lagoas. “Tudo é novidade para eles. Acredito que vão aprender bastante, serão motivados por essa competição, que é de um nível elevado para a categoria escolar”.

Araujo destaca que o trabalho com o parabadminton nas escolas ainda é recente, porém promissor. “Agradeço muito à Fundesporte que nos dá um grande apoio dentro das escolas para desenvolvermos o parabadminton. No ano que vem, espero que tenhamos mais atletas, mais praticantes dentro do Estado para ir a competições nacionais. É muito interessante saber que já temos em Mato Grosso do Sul a modalidade estabelecida e em outros Estados não. Já saímos na frente”.

“Nas Paralimpíadas, agora, Três Lagoas representa o Estado nessa modalidade, isso é bastante gratificante e vislumbro que outros municípios sul-mato-grossenses possam ter esta experiência. Estamos no início do trabalho, mas creio que cresceremos cada vez mais”, finaliza Araujo. Nas Paralimpíadas, cada unidade federativa terá quatro paratletas: dois do feminino e dois do masculino, somente na faixa etária de 14 a 17 anos.

Ascensão

O parabadminton é o badminton voltado a pessoas com deficiências físicas e terá a sua estreia nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2020, em Tóquio, no Japão. Atletas em cadeira de rodas e andantes utilizam uma raquete para golpear uma peteca na quadra dos adversários e podem competir em provas individuais, duplas (masculinas e femininas) e mistas em seis classes funcionais diferentes.

Nos Jogos Parapan-Americanos 2019, de Lima, no Peru, a modalidade também estreou. A delegação verde e amarela foi líder absoluta na competição intercontinental, ao obter oito medalhas, entre as quais quatro foram de ouro, quatro de prata e duas de bronze.

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