Paradesporto | Da redação | 04/10/2018 09h57

Jogos da Reme incentivam alunos a superarem limites

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Teve início na manhã desta quarta-feira (3), a 11ª edição dos Jogos Paradesportivos da Rede Municipal (Jopares), que até sexta-feira (5) irão reunir mil atletas na Arena Esportiva do Hospital São Julião e no Centro Olímpico da Vila Nasser. As modalidades disputadas são queimada, futsal, bocha paraolímpica, polybat, tênis de mesa, damas e atletismo. Ao todo, 48 escolas participam dos Jogos que também incluem as unidades que não integram o projeto de esporte adaptado.

Os Jopares são direcionados aos alunos que participam das aulas oferecidas pela Divisão de Esporte, Arte e Cultura (Deac), dentro do projeto que desenvolve e incentiva o esporte adaptado nas unidades da Reme. Participam alunos com síndrome de down, deficiência intelectual, física, paralisia cerebral, auditiva, visual, autismo e múltiplas deficiências.

A secretária municipal de Educação, Elza Fernandes, destacou a importância de incentivar os alunos a superarem os desafios, mas também de estabelecer um momento de união. “É uma satisfação muito grande ver o resultado do trabalho de nossa equipe estampado no rosto de cada aluno. Tão importante quanto à competição, é fazer novos amigos”, afirmou.

De acordo com o chefe da Divisão de Esporte, Arte e Cultura da Reme, Marcos Antônio Lopes, além de estimular a prática esportiva, o evento tem a proposta de incentivar o convívio social. “É um momento importante de confraternização, por isso espero que todos desfrutem dessa oportunidade para trocar experiências”, disse.

Sem limites

Veterana em campeonatos, a aluna Renata Ferreira Macena, do 8º ano, da escola Múcio Teixeira Júnior, vai disputar bocha. Ela pratica a modalidade há um ano e conta que gosta de participar das competições como forma de recreação. “Acho ótimo porque é uma maneira de se divertir e praticar o esporte”, disse.

Já a mãe de Renata, a dona de casa Kátia Ferreira de Souza, incentiva a filha a superar seus limites. “Ela gosta e eu acompanho em todas as provas. Campeonatos como esse são um aprendizado para eles e ajuda a melhorar o desempenho motor”, explicou. Renata tem artrogripose, doença que limita os movimentos e ocasiona uma menor força muscular.

A treinadora de esporte adaptado Luciene Veiga da Silva, ressaltou que os Jopares também valorizam o trabalho dos profissionais que trabalham com crianças que têm a deficiências, além de proporcionar um momento de alegria para esses alunos. “Eles se sentem felizes com a integração e superam suas dificuldades. Todos vêm com ânimo e nos dão um exemplo diário de garra e determinação. Nós é que aprendemos com eles”, frisou.

Mãe do aluno Enzo Saito, do 5º ano da escola Elpídio Reis, a dona de casa Regina Yoko Saito acredita que as famílias devem incentivar os filhos a praticarem esporte adaptado como forma de melhorar seu desempenho escolar. “Eles se divertem, mas também superam seus limites. A coordenação motora do meu filho melhorou muito, por isso incentivo sempre sua participação”, pontuou.

Segundo o técnico responsável pelos Jopares, Gerson Falcão, 1,2 mil alunos participam do projeto de esporte adaptado na Reme. “Os treinos ajudam na reabilitação das crianças com deficiência, na concentração e raciocínio lógico. Além disso, o esporte proporciona uma melhoria na qualidade de vida”, afirmou.

Os professores que atuam no projeto oferecido pela Reme são especialistas e buscam adequar os alunos nas modalidades em que eles se adaptam melhor. O resultado é a participação massiva de atletas da Reme em campeonatos estaduais se nacionais.

“Temos várias crianças se destacando no futebol de sete, natação e tênis de mesa e nos Jogos Escolares do Estado temos um grande número de alunos. Os professores e as crianças se dedicam muito”, concluiu Gerson.

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