Paradesporto | Da redação/Osvaldo Sato | 31/07/2007 15h35

Campo-grandenses formam a base do Brasil no futebol 7 PC

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Campo Grande (MS) - A seleção brasileira da modalidade de futebol sete pc nos Jogos Parapan-americanos Rio 2007 poderia também ser chamada de seleção de Campo Grande; isto porquê dos 12 atletas convocados, oito jogam em Campo Grande, três no Cemdef/Pantanl (Centro de Educação Multidisciplinar ao Portador de Deficiência) e cinco no Caira (Centro Arco Íris de Reabilitação Alternativa). Na manhã desta terça-feira, estes atletas foram apresentados ao prefeito Nelsinho Trad e ao presidente da Funesp (Fundação Municipal do Esporte), que custeará suas passagens para a capital fluminense.

A equipe do Cemdef é treinada pelo professor Dolvair Paschoal Castelli e ficou na terceira posição no Brasileiro. Os atletas convocados foram Luciano Gonçalves Rocha, Flávio Dino Pereira e Gilberto Ferreira de Moraes. O jogador Luciano tem 10 anos de seleção brasileira e títulos internacionais. "Ganhei a medalha de prata na Paraolimpíada de Atenas-2004 a de bronze em Sidney-2000; neste Parapan, vamos em busca do ouro, para garantirmos nossa vaga na Paraolimpíada", disse o atleta, lembrando que há 10 anos, os atletas de Campo Grande formam a base da seleção brasileira.

Do Caira (Centro Arco Íris de Reabilitação Alternativa), treinados pelo professor Renato, foram convocados os atletas Jean Adriano Rodrigues, Marcos dos Santos Ferreira, Pedro Ramão Gonçalves, Renato da Rocha Lima e Fermiano de Queiroz Neto. O atleta Renato Lima afirmou que esta competição tem uma grandeza especial. "Já conquistei medalhas em Mundiais e Olimpíadas, mas jogar no Rio de Janeira será especial, pois aumentam nossas chances por jogarmos em casa e também teremos nossos familiares apoiando, incentivando e isso mexe muito com a gente", disse o atleta que também defende a seleção há 10 anos.

O técnico do Cemdef/Pantanal, Dolvair Paschoal Castelli já fez parte da comissão técnica da seleção brasileira, afirmou que a cidade é pólo pan-americano na modalidade de futebol sete pc. "Isso aconteceu porquê tivemos um trabalho de base da iniciativa pública, quando recebemos um bom apoio da Secretaria Municipal de Esportes, da Fundesporte/Sejel, com projetos que atualmente não existem mais; então temos que repensar, pois a base está comprometida", disse.

Ele afirmou que apoio dado pela Funesp é importante para a manutenção do trabalho. "O apoio da Funesp ao paradesporto é o que temos para viabilizar nossos calendários e continuar nosso trabalho de base, com patrocínio de material esportivo; a Funesp vê o paradesporto com bons olhos, ajuda nas viagens, então agradecemos ao prefeito Nelsinho Trad e ao presidente da Funesp, João Rocha, um incansável desde que surgiu o paradesporto em 1984 e os primeiros resultados, em 1995", disse Dolvair, que porém ressaltou que a cidade ainda precisa de mais parceiros e apoio. "Tudo isto que temos em Campo Grande é resultado de muito trabalho, de profissionais especializados, qualificados, que fazem do paradesporto seu dia-a-dia; necessitamos de mais apoio e não podemos esperar apenas dos governos municipal e estadual todo o apoio, precisamos sim deles, mas também da iniciativa privada", ponderou Dolvair.

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