Feminino repete o masculino e é prata na ginástica artística
Rio de Janeiro (RJ) - Cotada como uma das principais esperanças de medalha para o Brasil nos Jogos Pan-americanos do Rio, a seleção brasileira feminina de ginástica artística não decepcionou. Neste sábado, a equipe melhorou a terceira posição obtida em Santo Domingo e terminou em segundo lugar no torneio com 236,150 pontos. Os Estados Unidos repetiram o título obtido em Santo Domingo, somando 242,000. A equipe mexicana ficou com o bronze com 233,625 pontos.
Nem Daiane dos Santos, nem Daniele Hypólito, nem Laís Souza, o destaque da seleção brasileira feminina de ginástica artística neste sábado foi a carioca Jade Barbosa. Ela obteve as maiores notas do grupo no solo e no salto, respectivamente, as melhores provas de Daiane e Laís.
O público, bem superior ao que acompanhou a disputa masculina no início da tarde, vibrou com as apresentações da equipe, especialmente no solo. No final, a delegação brasileira acabou somando sua quinta medalha de prata no Pan, no qual ainda conta com duas de bronze.
A competição - Assim como no masculino, a equipe feminina disputou apenas no segundo grupo do torneio por equipes. Estreante na competição, Khiuani Dias foi a primeira a se apresentar, abrindo a rotação na trave com 14,550. Laís subiu na seqüência, mas sofreu uma queda na metade da apresentação, que recebeu nota 14,600. Em seu melhor aparelho, Daniele começou mal caindo logo na entrada. Mesmo assim, teve nota 14,700, a segunda melhor da equipe. Jade foi a melhor com 15,175.
Enquanto isso, os Estados Unidos se apresentavam no solo com destaque para a campeã nacional no individual geral Shawn Johnson, que teve nota 15,150.
As brasileiras foram as segundas no solo. Abrindo a seqüência, Khiuani, a única que não se apresentou com música nacional, caiu no começo. A nota, 13,075, não agradou a torcida que vaiou a arbitragem. Com uma apresentação sem falhas, Daniele teve ovação do público e nota 14,600, que arrancou vaias da platéia.
Depois da queda na trave, Laís recuperou-se no aparelho em que foi vice-campeã na Final da Copa do Mundo de 2006, sem cometer erros. Mas os 14,350 dados pelos juízes também não convenceram a platéia, que cresceu significativamente em número desde o período da manhã.
Promessa da nova geração na equipe, Jade fez uma apresentação confiante que empolgou o público e recebeu nota 15,325 com direito a cumprimentos do reservado Oleg Ostapenko ao final.
Sua performance foi superior até a de Daiane. Campeã mundial do aparelho em 2003, a gaúcha fez a série com o duplo twist esticado e a versão carpada, foi aplaudida de pé, mas teve nota 15,150, empatando com a norte-americana.
A brasileira foi para as cadeiras com cara de dor e disse ter sentido o tornozelo. Na sexta-feira, dia 6, Daiane torceu o tornozelo direito e só confirmou sua presença no torneio na quarta seguinte.
Após a apresentação no solo, aparelho mais regular do grupo, a equipe ocupava apenas a quinta posição geral, tendo o salto como próximo desafio. Especialista no salto, Laís foi a segunda melhor da equipe, que mais uma vez teve em Jade seu destaque no aparelho. A carioca fez dois saltos e teve média de 14,850, a mais alta do grupo.
Daiane, prevista para disputar a prova, não participou e foi substituída por Ana Silva, uma das mais jovens do grupo. Nos Estados Unidos, a campeã mundial nas paralelas assimétricas, Anastásia Liukin teve problemas em sua apresentação e caiu.
Na última rotação, as brasileiras apresentaram-se nas assimétricas com destaque para Laís, que obteve 15,150 em sua série, e Jade com 15,000. Daniele recebeu 14,550. Khiuani fechou com uma apresentação perfeita.
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