Pan-americano | GE.Net | 03/03/2007 16h04

Brasileiro Rodrigo Pessoa anuncia a sua desistência do Pan

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Rio de Janeiro (RJ) - Mesmo com vaga garantida nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, em julho, o cavaleiro brasileiro Rodrigo Pessoa anunciou neste final de semana sua desistência da competição. O motivo alegado por ele é a mudança da regras para a classificação de outros cavaleiros, promovida pela Confederação Brasileira de Hipismo.

O regulamento anterior previa que a equipe brasileira contaria com cinco cavaleiros, sendo quatro titulares e um reserva, escolhidos de acordo com seus desempenhos em competições internacionais. Porém, com a ascensão de Maurício Manfredi à presidência da CBH, três das vagas foram destinadas para atletas que disputem competições no Brasil, sob justificativa de consolidar a imagem do esporte no país.

A mudança foi de encontro à posição defendida por Rodrigo Pessoa. "Não é o formato certo para se ganhar um Pan-americano", afirmou o cavaleiro, em entrevista ao canal por assinatura Globo News. Vencido, Rodrigo explicou que preferiu então adotar a postura da CBH, abrindo mão de sua vaga para privilegiar os colegas que competem em solo nacional.

"Todo mundo sempre reclama por vagas no Brasil, então eu vou dar a minha vaga para alguém participar. Eu lamento muito, pois é um campeonato importante, em casa, e temos poucas chances de competir no Brasil, mas, infelizmente esta é minha decisão", justificou ele, que tem a companhia do também cavaleiro Bernardo Alves na decisão.

Rodrigo mostrou-se inflexível durante seu depoimento, durante o qual criticou a opção de Manfredi por defender determinados grupos de cavaleiros que atuam no Brasil. "Comigo não tem essa de panelinha. Eu quero ir com os melhores. Se os melhores são os brasileiros que estão morando na Europa, então é com esses que eu quero ir. Se são os brasileiros que estão morando no Brasil, então é com esses", garante o cavaleiro, que lamentou o tratamento que os atletas que moram fora recebem.

"Acho frustrante ver os brasileiros que moram aí (no Brasil) chamar aqueles que vivem no exterior de 'estrangeiros'. Infelizmente, nesta profissão, tem de morar na Europa para se ter um bom desempenho", explicou ele, que encerrou a entrevista desejando 'boa sorte' para os atletas que defenderão o Brasil no Pan.

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