Pan-americano | GE.Net | 20/07/2007 13h07

Brasil disputa três ouros no judô na tarde desta sexta-feira

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Rio de Janeiro (RJ) - Depois de uma prata e um bronze no primeiro dia de disputas de judô nos Jogos Pan-americanos do Rio, o Brasil chega ao segundo dia com chance de conquistar três medalhas de ouro nesta sexta-feira. Tiago Camilo, Edinanci Silva e Mayra Aguiar estão na final da competição. Luciano Correa vai para a disputa do bronze. Os combates de pódio começam às 13 horas (MS).

Estreante pan-americana, foi a primeira a se classificar. Passou pela salvadorenha Veronica Mendoza por waza-ari e a venezuelana Maria Rojas com ippon. Na semifinal, a gaúcha fez um combate emocionante com a cubana Ônix Cortes, que não encontrou espaço contra a brasileira.

Punida três vezes pela arbitragem, a cubana garantiu um waza-ari para a brasileira. Cortes saiu reclamando muito, mas não adiantou.

Camilo, que compete uma categoria acima da sua, mantém sua marcha de vitórias entre os médios. Campeão brasileiro de 2006 e da Copa do Mundo deste ano até 90kg, ele passou pelo porto-riquenho Alexis Chiclana e pelo norte-americano Rick Hawn com ippon, o último em 20 segundos.

Campeã em Santo Domingo, Edinanci foi responsável pelo ippon mais rápido do torneio até o momento. Na estréia, ela bateu a guatemalteca Mirla Nolberto com ippon em 8 segundos de combate. Na semi, contra Lorena Briceno, da Argentina, precisou de 26 segundos para encaixar o golpe decisivo.

Luciano começou bem na disputa, garantiu um ippon contra o mexicano Sergio Garcia e decidiu a vaga da disputa do ouro contra o cubano Oreidis Despaigne, que levou a melhor com ippon. O combate foi acompanhado por uma torcida especial para o brasiliense. O pai, Raimundo, e a mãe, Antonia, vieram com caravana uniformizada para apoiar o caçula.

Da arquibancada, Raimundo mantinha a tradição de 'orientar' o filho. Mesmo sem ter praticado o esporte, ele dava a dica para Luciano: "arrasta, arrasta". "Ele sempre diz que quando me ouve trabalha melhor", afirma o pai, que acompanha o filho em todos os confrontos pelo Brasil.

A mãe, responsável pelo início na modalidade, aos 4 anos, prefere ficar mais afastada, mas do alto da arquibancada também não perde um lance das lutas e sabe que todo o sacrifício foi válido. "Todo atleta abre mão de muita coisa", diz lembrando quando o lutador trocou Brasília por Belo Horizonte (MG). "Eu não queria que ele fosse, mas ele disse: mãe é a minha chance".

Ouro ou bronze no Pan, Raimundo só tem uma opinião sobre o filho. "Ele é um menino dedicado, tranqüilo. Na vida, ele para mim já é um campeão".


A arquibancada praticamente lotou para ver o desempenho dos brasileiros e mesmo membros da seleção que não sobem no tatame nesta sexta foram levar seu estímulo. Nas filas dianteiras, o campeão mundial João Derly foi de megafone animar os companheiros.

Mayra define a medalha de ouro contra a norte-americana Ronda Ronsey. Camilo enfrenta Jorge Benavides e Edinanci pega a cubana Yurisel Laborde, reeditando a final de Santo Domingo.

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