Olimpíadas | GE.net | 21/08/2008 12h46

Com gol na prorrogação, EUA condenam Brasil a segundo vice

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Pequim (China) - Eles não conseguiram, elas também não. Nesta quinta-feira, os EUA voltaram a frustrar o sonho da medalha de ouro do Brasil no torneio de futebol feminino das Olimpíadas. Na revanche da decisão de Atenas-2004, as norte-americanas sofreram pressão das brasileiras, mas conseguiram a vitória por 1 a 0 e conquistaram o bicampeonato sobre a geração de Marta, Cristiane, Daniela Alves e companhia em Pequim.

O Brasil chegou a dominar boa parte da partida, e teve pelo menos duas chances de marcar com Marta. No entanto, a goleira Hope Solo garantiu a invencibilidade das redes do time de Pia Sundhage, que conquistou a vitória na prorrogação com um gol de Carli Lloyd. A goleira Bárbara ainda conseguiu evitar o pior ao longo do tempo regulamentar, mas não conseguiu repetir a defesa no lance decisivo da partida.

A derrota encerrou a bela campanha das comandadas de Jorge Barcellos, que estrearam com empate sobre a Alemanha e venceram Coréia do Norte e Nigéria na primeira fase. Na seqüência, ainda venceram a Noruega (que havia derrotado os EUA na estréia) por 2 a 1 nas quartas-de-final, antes de eliminar nas semifinais a Alemanha - que ficou com o bronze, repetindo o pódio de 2004, e que havia vencido o Brasil na final da Copa do Mundo de 2007.

As norte-americanas começaram o jogo tocando a bola, esperando o Brasil sair da defesa e tentando as primeiras chances com Amy Rodriguez, aos três e aos sete minutos. Na primeira, ela não alcançou o lançamento de Tarpley; na segunda, arriscou o chute de longe sem força e viu a goleira Bárbara fazer a defesa em dois tempos. As brasileiras tentaram responder com o chute de Daniela Alves pela direita aos 12 minutos, mas a bola saiu fraca e ficou com Hope Solo. Três minutos depois, Hucles levantou escanteio pela esquerda e colocou a bola no travessão, com perigo.

Os EUA não conseguiam chegar perto do gol, mas tocavam bola no ataque. No entanto, as comandadas de Jorge Barcellos se compuseram e começaram a sair de trás com lançamentos para a dupla de ataque. Aos 31 minutos, Cristiane recebeu na entrada da área e fugiu da trombada de Chalupny, mas tocou muito forte e deixou a bola escapar para Solo. Dois minutos depois, Marta tentou a jogada individual pela direita, passou por duas marcadoras e bateu para o gol, mas a bola apenas passou perto da trave.

Hucles chegou a ter uma chance para equilibrar de novo a balança, mas mandou para fora o passe que recebeu na meia-lua da área aos 40. Porém, foi Cristiane quem voltou a ameaçar no minuto seguinte, batendo por sobre o travessão. Mais ativa em campo, a atacante brasileira sofreu falta aos cinco minutos do segundo tempo, que Daniela Alves cobrou bem na área - Érika subiu, mas não conseguiu desviar para o gol.

A essa altura, as brasileiras já eram melhores em campo, e chegaram mais perto da área de Hope Solo. Marta tentou aos 17 e Simone arriscou de longe aos 19, tentando encobrir a goleira dos EUA, mas as duas oportunidades foram muito altas. Melhor jogadora do mundo na atualidade, a camisa dez do Brasil ainda teve uma chance valiosíssima aos 26 minutos, driblando duas defensoras e soltando uma bomba dentro da área - Solo operou um milagre e defendeu com o braço direito.

Porém, depois de pressionar, foram as brasileiras que cederam espaços na partida. Aos 40 minutos, Rodriguez ganhou de Renata Costa e tentou entrar na área, mas parou em Bárbara. A goleira se complicou e deixou a bola sobrar, mas conseguiu se recuperar e afastar no chutão. Depois, aos 45, a defesa do Brasil falhou e deixou a bola de novo para Rodriguez, que, sozinha, só não marcou porque Bárbara também fez seu milagre e evitou o gol por cobertura.

A prorrogação deu seqüência á pressão das campeãs olímpicas, que marcaram aos seis minutos: Lloyd recebeu o passe na entrada da área e arriscou o chute da esquerda, cruzado, vencendo Bárbara. O Brasil ainda teve boa chance com Marta aos 11 minutos, mas Marta foi barrada por Rampone na primeira tentativa - no rebote, a defesa afasta. No segundo tempo, sem fôlego, o Brasil teve uma boa chance em falta de Marta, mas os EUA ainda colocaram uma bola na trave. Ninguém alterou o placar.

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