Lutas | Rosália Silva | 03/08/2004 20h29

Atletas da luta de braço garantiram vaga em Mundial

Compartilhe:

Atletas da luta de braço garantiram vaga em Mundial

Sete atletas de Mato Grosso do Sul conquistaram no último fim de semana vaga no Campeonato Mundial de Luta de Braço, que acontecerá no mês de novembro, em Indaiatuba (SP). Eles participaram do Campeonato Brasileiro Interclubes de Luta de Braço. Na disputa, Chris Regiane foi campeã na categoria máster braço direito, e sênior braço direito e esquerdo; Carlos Aparecido, vice na categoria portadores de deficiência física, sênior, 60 quilos, braço esquerdo e quarto colocado no braço direito; Emidio Rodrigues dos Santos Júnior, vice na categoria 65 quilos, braço direito, sênior; Carlos Alves Dias, terceiro lugar, sênior, 63 quilos, braço direito; Jéferson Santana, sênior, 57 quilos, terceiro lugar, braço esquerdo; e Cristiane Batista, sênior, 75 quilos, bronze, braço esquerdo. Carlos Aparecido, que já detém o título de vice-campeão mundial, conta que a disputa não foi fácil, uma vez que disputou uma categoria acima da sua. Antes ele competia na categoria 60 quilos e neste Brasileiro lutou na 70 quilos. Carlos disputou na final o gaúcho Adelar e trouxe para MS o segundo lugar.
Três vezes campeã - Chris Regiane, 42 anos, que é a atual campeã mundial da sua categoria, e chegou este ano ao seu primeiro título no Campeonato Brasileiro. A atleta conta que no ano passado ela foi vice-campeã nesta mesma condição por não ter conseguido derrotar uma brasileira (que também ostentava o título de campeã mundial). Sua adversária já competia a mais de 35 anos e há 12 estava invicta em suas disputas. Ainda em 2003, Chris Regiane foi para o Mundial na Rússia onde enfrentou esta mesma brasileira e mesmo não tendo passado por ela no Brasileiro, a superou no Mundial. "Valeu a pena", resume Chris Regiane. Em Campo Grande, a atleta leciona geografia a mais de 12 anos e também é advogada. Ela conta que antes, já foi até sucateira para pagar a sua faculdade. E sobre a presença feminina na luta de braço, Regiane diz que realmente o preconceito ainda é grande, mas ela luta e quer "vencer esta mentalidade porque esporte é saúde, é vida". Desde a sua infância, Regiane praticou algum esporte, entre eles o arremesso de peso. Porém, ao se mudar para Campo Grande, aos 17 anos, abandonou as competições, mas sem abandonar o hábito de disputas "caseiras". Descobriu a Federação de Luta de Braços sete meses antes de ir disputar o seu primeiro Brasileiro. E confessa, foi o atleta Carlos Eduardo (que também disputará o Mundial) quem foi seu "técnico", num verdadeiro intensivão de três meses antes da disputa. Agora a sul-mato-grossense vai para o Mundial como favorita ao título. Para disputar o Brasileiro em Indaiatuba, Regiane contou com apoio da empresa Vivo, FIE/Fundesporte e FAE/Funcesp.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS