Laço | Lucas Castro | 20/12/2017 09h00

Etapa final do CLC acontece em Campo Grande

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Em Campo Grande, no final da semana passada, entre os dias 14 e 17 de dezembro, aconteceu a Final dos Campeões do Circuito de Laço Comprido (CLC) - ou, popularmente, conhecida entre os participantes como Copa -, considerada a última e decisiva etapa do ano. Em busca do título, os melhores classificados das nove etapas, que ocorreram ao longo do calendário de 2017, reuniram-se na arena do Parque do Peão, localizado à 12 quilômetros da área urbana da capital, na saída para o distrito de Rochedinho.

 

Na quinta-feira (14), a programação teve início com a modalidade Vaca Gorda, que é uma competição não-oficial de laço em que o vencedor é aquele que realizar o maior número de laçadas positivas. A competição recebeu esse nome, pois, quando criada, o ganhador tinha como prêmio uma vaca gorda. No CLC, há três tipos de classificação. Na “Força A”, o laçador que classificar com cinco bois recebe como premiação 3 mil reais. Os que classificam com quatro bois estão inseridos na “Força B” e recebem 2 mil reais. Já na “Força C”, classifica-se com três bois e o valor pago é de 1 mil reais.

 

Na sexta-feira (15), iniciou-se a classificação por equipes. De acordo com o Estatuto da Federação de Clubes de Laço de Mato Grosso do Sul, essas são compostas, obrigatoriamente, por cinco integrantes: 1 Capitão, 1 Trio e 1 Fecha-rosca (ou Fecha-presilha). Além disso, houve a classificação da categoria Coringa, que fazem parte aqueles laçadores que não possuem nenhuma equipe para competir.

 

De acordo com Oldemar Ottobeli, locutor e um dos coordenadores do CLC no estado, a etapa final possui 90 equipes. Ao todo, na competição são, aproximadamente, 1 mil laçadores inscritos em todas as categorias. “Falando em equipes, as 15 ou 20 que mais pontuarem disputam a Taça de Ouro. As segundas 15 ou 20 equipes mais pontuadas disputam a Taça de Prata. As terceiras equipes disputam a Taça de Bronze e aqueles que não atingirem essas, laçam a Taça de Latão”, afirmou.

 

Todos os laçadores que, durante a fase classificatória, não erraram nenhuma armada, classificaram-se para o laço individual. “Na disputa do individual, tivemos 110 laçadores que não erraram nenhuma armada na classificatória”, disse Ottobeli.

 

No sábado (16), tiveram início as competições individuais e de outras categorias: Peão Mirim (meninos de até 12 anos), Peão Bandeira (meninos de 12 a 15 anos), Amazona Mirim (meninas que não completaram 15 anos), Amazona Adulta (mulheres acima de 15 anos), Fraldinha Masculino e Feminino (meninos e meninas que não completaram 10 anos), Pai e Filho, Casal (casados há mais de dois anos), Veterano (acima de 60 anos) e Peão Letrado (que possuem Curso Superior).

 

No último dia, domingo (17), ocorreram as finais de todas as categorias e também por equipes, que disputaram a Taça de Ouro, Prata, Bronze e Latão.

 

Como funciona a prova

 

O participante deve segurar o cavalo no brete (compartimento para reter bovinos) até o momento da saída do boi para a pista, também conhecida como cancha. Desde o brete, o peão já está sendo observado pelos juízes. O cavalo nunca pode sair antes do bovino. Caso isso aconteça, haverá penalização.

 

O laço deve ser de couro e ter de 18 a 20 metros. O objeto deve ser arremessado antes de o cavalo atingir 100 metros na pista. Esse trecho é marcado e chamado de raia.

 

Após isso, o laçador tem, aproximadamente, 30 metros para fazer a laçada. Ela precisa ser feita nos dois chifres do boi para que ele não se solte e o concorrente perca pontos. O momento em que o laço que chega ao boi é chamado de armada. É essencial respeitar a categoria do competidor em relação às medidas do laço. As categorias são feitas de acordo com idade e sexo, ou os dois.

 

Assim que o animal é laçado, é preciso dar uma volta com ele e voltar para o brete. Nesse momento, o ritmo da apresentação é inevitável, por isso, a sintonia entre o peão e o cavalo é tão comentada e desenvolvida nos treinos.

 

Quando a prova ocorre sem problemas, ela é considerada positiva e é levantada uma bandeira branca por um bandeirinha. Porém, quando o boi consegue tirar o laço da cabeça antes de passar pela saída da pista, ou o laçador erra, ou até mesmo o arremesso é feito somente depois dos 100 metros, a prova é confirmada como negativa. Então, uma bandeira vermelha é erguida. Se houver divergências em relação à cor da bandeira, a comissão é acionada.

 

As competições oficiais têm a fase de classificação e a de eliminação, ou o famoso mata-mata. Quem tiver maior aproveitamento na fase eliminatória é o vencedor. (*)

 

Confira a galeria de fotos da Final dos Campeões do Circuito de Laço Comprido (CLC) 2017:

 

Galeria 1

Galeria 2

Galeria 3

Galeria 4

Galeria 5

Galeria 6

Galeria 7

Galeria 8

 

* Informações técnicas do blog RodeoWest.

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