Esporte Ágil | De casa mesmo | 08/08/2011 00h58

Cadê o incentivo? Será você o culpado?

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Primeiramente acalme-se, isto não é um interrogatório, e sim uma reflexão.

Numa época em que o esporte brasileiro está em franco desenvolvimento, graças às vindouras Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, é triste constatar que o desporto sul-mato-grossense continua estagnado, sem evolução. Por mais que nossos atletas e técnicos tenham talento, falta a união com o investimento dos poderes público e privado. Falta apoio financeiro, mas esse não é o único problema, ou se preferir o único "culpado".

Um fator que contribui bastante para que não tenha esse interesse de possíveis financiadores é a pouca mídia gerada por esse tipo de investimento. A conclusão que se chega é que a culpa também é da imprensa sul-mato-grossense, que não dá espaço suficiente para o esporte local - lembrando que sempre existem exceções, como o jornal O Estado MS, e sites como o Esporte MS, Gazeta MS e o próprio Esporte Ágil. Mas também não é só isso.

Nesta segunda-feira (8 de agosto de 2011), foi realizada a segunda edição do Prêmio Empresário Amigo do Esporte, criado pelo Ministério do Esporte para homenagear as empresas que apoiam o segmento, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Na ocasião, foi entregue o Prêmio Empresário Amigo do Esporte, que agracia as empresas por projetos patrocinados em cada Estado. Das 27 unidades federativas do Brasil, apenas 8 - os pintados de verde no mapa do Brasil ao lado - não tiveram sequer uma empresa agraciada com o prêmio, porquê não tiveram NENHUM incentivo. Mas isso não é só culpa dos empresários.

Desde que foi criada em 2007, apenas três projetos de MS foram aprovados pelo Ministério do Esporte para captar recursos via a Lei de Incentivo - sendo dois de motocross e uma Olimpíada Nacional das Apaes. Além disso, apenas um projeto de motocross está apto a receber apoio neste exato momento, já que seu prazo de captação ainda não expirou. Mesmo que o empresário queira investir através do LIE, não teria muitas opções. Não irei aqui debater se isso é culpa da falta de informação das federações ou falta de divulgação e direcionamento para criação de projetos por parte de nossas fundações esportivas, mas sim que esse tipo de possibilidade de angariar recursos precisa ser bem mais divulgado. Para todas as partes.

Neste ponto da coluna, voltamos novamente a nós da imprensa. É muito fácil criticar quem não ajuda, sem muitas vezes entender o motivo. Por isso precisamos mostrar cada vez mais os caminhos, ser a ponte entre os poderes públicos/privados e os desportistas, mostrando, sobretudo, que vale a pena investir no esporte, seja através de um projeto social ou de um atleta campeão mundial. Então vamos todos escrever, seja no seu caso projetos, notícias ou quem sabe história no esporte.

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