Neymar poderia ter dedicado o ouro a qualquer um. Preferiu provocar
“O povo brasileiro não pode se esquecer das crianças”. Foi com esta frase que Pelé, aos prantos, comemorou seu histórico gol de número 1.000, marcado em 1969, contra o Vasco da Gama, em um Maracanã com mais de 65 mil pessoas. Na ocasião, o discurso do Rei gerou polêmica, e ele acabou taxado de demagogo por parte da mídia.
Recentemente, na final dos Jogos Olímpicos do Rio, foi a vez de Neymar ter a oportunidade de marcar seu nome na história do futebol. Após disputa por pênaltis contra a Alemanha -que havia aplicado um implacável 7 a 1 na Seleção Canarinho na semifinal da Copa do Mundo dois anos antes-, Neymar contou com a ajuda do goleiro Weverton, que defendeu o último pênalti alemão, e apenas empurrou para as redes sua cobrança, dando o primeiro ouro olímpico para o Brasil. Foi aos microfones e soltou: “Vão ter que me engolir”.
A profecia do técnico René Simões, feita em 2010, parece que está se concretizando. À época, o então treinador do Atlético-GO criticou o primeiro ataque de estrelismo público do jogador, que defendia o Santos e bateu boca com o técnico Dorival Júnior. “Estou desde garoto no futebol e poucas vezes vi alguém tão mal-educado desportivamente. Está na hora de alguém educar esse rapaz, ou vamos criar um monstro”, disse.
Apesar de serem dois dos maiores ídolos da história do Santos e da Seleção Brasileira, Pelé e Neymar pouco têm em comum. O Rei, porém, pelo menos acertou em seu discurso após o histórico gol em Andrada. Neymar, após o ouro olímpico, não. A declaração, em tom de desabafo após ter sofrido seguidas críticas por conta de más atuações, não caiu bem.
O valor que cada um dos 18 integrantes da equipe campeã receberá da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), R$ 500 mil, é 14 vezes maior do que a premiação dada pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) aos medalhistas das outras modalidades. Agora, ainda mais, a fala do astro do Barcelona fica indigesta.
Conquistar um lugar no cenário nacional é o sonho de muitas crianças e adolescentes que praticam esportes. Muitos deles sequer conseguem uma bola, um tênis ou um par de luvas para competir. Levariam uma vida inteira para ganhar o que Neymar ganha mensalmente do Barcelona -valor mais que merecido, tamanho é o seu talento e a receita que sua imagem gera.
Ocorre que, como ídolo nacional, um atleta deve saber se portar, já que é referência para os mais jovens. Também deve saber receber e absorver críticas. Assim como o milésimo gol de um jogador profissional, um ouro olímpico é um momento único. Neymar deveria ter medido melhor suas poucas palavras, e não esbravejado contra aqueles que apontam seus erros.
Agora, fica a pergunta: quem é um poeta quando está calado?
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- Segunda-feira, 08 de Março de 2021
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