Editorial | Da redação | 08/06/2008 12h25

Junho: Lembra-se dos JEBs?

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A agenda dos atletas, árbitros e dirigentes dos desportistas amadores campo-grandenses estiveram cheias neste mês de maio, principalmente daqueles atletas que estão em sua fase escolar. Isto porquê foram realizados os Jogos Escolares Campo Grandenses, nas categorias mirim e infantil. É nesta fase que brotam os primeiros sonhos, conquistas e também decepções. Na adolescência também que os esportistas, geralmente, encontram seus esportes preferidos. Os corpos mudam, adequam-se a esta ou aquela modalidade, os talentos surgem e são forjados. Por tudo isso, é de senso comum que o esporte começa na base, nas categorias menores, onde devem ser feitos os investimentos, para que no futuro, surjam os atletas campeões e, mesmo que não subam ao pódio, terão sido talhados dentro de uma mentalidade esportiva que só agrega bons valores ao desenvolvimento e formação de um cidadão.

Quando algum atleta ou aluno conversa hoje com seus professores de educação física, sobre o tempo em que também participaram de competições, eles certamente lembram com saudade dos tempos em que disputaram esses mesmos Jogos Escolares, que manteve até seu formato. Primeiro, as escolas disputam uma etapa municipal, as equipes campeãs disputam a etapa estadual, contra as campeãs de outras cidades, e a melhor equipe do Estado, recebe direito de representar o Estado na disputa dos Jogos Escolares Brasileiros, que hoje é chamado de Olimpíadas Escolares. A competição mais esperada pela maioria dos atletas, por sua dimensão e repercussão, por causa da viagem para um ponto no País, onde todos os outros atletas brasileiros gostariam de competir. No clima do evento, atletas de vários esportes e sotaques diferentes, que demonstram uma brasilidade múltipla e a possibilidade da criação de amizades que podem durar para sempre.

O Esporte Ágil deste mês de maio conta, em uma de suas entrevistas, uma destas tantas histórias de Jogos Escolares, que muitas vezes ficam apenas guardas na memórias dos pequenos atletas. O professor de handebol João Luiz, que também é coordenador do Centro de Treinamento de Ginástica da Funesp, carioca radicada em Campo Grande, disputou uma edição dos JEBs em 1972, na modalidade de handebol, pela equipe do Rio de Janeiro (então Estado da Guanabara), sagrando-se terceiro colocada na disputa. Na mesma cidade, porém não numa quadra, mas num tatame, o professor João Rocha também conquistava uma medalha de bronze, mas somando pontos para Mato Grosso do Sul, na modalidade de judô. Anos depois, já formado em educação física, João Luiz muda-se para Campo Grande, conhece João Rocha, e em uma conversa informal, percebem a coincidência, de que haviam ganho uma medalha de bronze na mesma edição dos JEBs.

No futuro, o estado pode crescer e assim teremos possibilidades de ter equipes fortes, em competições profissionais, em várias modalidades, mas quando o desportista olhar para trás, lembrará das distantes e belas histórias de quando estava nos seus áureos tempos de jogos escolares.

Futebol - E como todo bom brasileiro, precisamos comentar sobre o futebol, o esporte mais praticado no mundo. O Estadual de Futebol da Série A vai bem, mas a Federação vai ter que descascar um abacaxi que ela mesmo plantou. Depois de ter alterado o formato da competição, desrespeitando o acesso e o descenso de 2007, e inchando a competição com equipes que não tinham a mínima condição de disputar a competição, como a Escolinha de Futebol Aquidauanense, as conseqüências começam a aparecer. Enquanto grande maioria dos outros estaduais já acabaram faz tempo e as equipes preparam-se para a disputa da Série C, Operário e Águia Negra terão que disputar, caso classificados, a fase semi-final e final do Estadual, juntamente com o início de sua participação no Brasileiro da Série C. Caso cheguem às finais, terão que emendar uma competição à outra, sendo prejudicados pelo mínimo tmepo que terão para sua preparação. Este é o resultado das alterações no formato do Estadual, com seu inchaço, que serviu apenas para atender aos desejos de políticos, que resolveram investir no futebol para serem melhor vistos por sua população (leia-se eleitorado). O mais decepcionante em tudo isso, é que os presidentes do clubes votaram à favor da mudança no formato do Estadual. Quem deveria cobrar ainda mais seus presidentes é sua torcida, pois se o nível do futebol está tão baixo, isso é devido não apenas à uma administração ultrapassada e duvidosa, mas pelo fato dela ser mantida pelo voto de cada um dos presidentes dos clubes filiados.

Comerário - Mas o futebol, mesmo quando envolto à tanta politicagem, ainda é um alento para seus amantes. O principal clássico do Estado, o Comerário, voltou a acontecer depois de quatro anos, com tudo que tinha direito: bom público, bom jogo e muitas emoções. Empate sem gols, garantido com um pênalti defendido pelo goleiro do Comercial aos 43 do segundo tempo. No final da partida, bem que uns verdadeiros "babacas" tentaram estragar a festa das torcidas, buscando briga e confusão, mas não apagaram o espetáculo que foi a volta do nosso Comerário.

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