Diversos | Da redação | 02/03/2005 17h52

Reforma ministerial poderá dar Esporte ao PP

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O  presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai anunciar a reforma ministerial a partir da próxima semana. A afirmação foi feita pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao Folha Online.

A reforma ministerial volta à pauta em meio ao endurecimento do discurso da oposição - por conta das declarações de Lula, que disse na quinta-feira que omitiu informações sobre suspeitas de corrupção em privatizações realizadas no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) -, e ao polêmico projeto do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, que pretende colocar em votação o aumento do salário dos congressistas.

Adiada desde novembro, Lula havia decidido voltar ao assunto somente depois das eleições para a presidência da Câmara. A reforma que serve para consolidar o governo de coalizão deverá acontecer em um momento em que o Planalto aumentou a dependência dos aliados para recompor a base de sustentação no Congresso e solidificar acordos para a reeleição.

Lula também espera uma solução do PMDB, que desde o início de fevereiro alterna o nome de sua liderança.

O presidente deve chamar outros aliados, como o PP, partido do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PE), para discutir que diretriz dará à reforma. 'Ele disse que vai conversar com todo mundo quando voltar do Uruguai, e a expectativa que temos é que ele possa rapidamente anunciar a reforma", revelou na segunda-feira o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).

Em conversa com Calheiros, Lula disse ter acertado ao postergar a reforma à espera do resultado da eleição do presidente da Câmara. Como o governo não contava com a derrota do candidato oficial, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), para Severino, seria obrigado a refazer a reforma caso as mudanças tivessem precedido a eleição na Câmara.

Antes da definição do novo presidente da Câmara, o PP contava que teria um ministério, possivelmente do Esporte, numa troca de cadeiras da equipe de Lula. Com a presidência garantida, o PP já considera ter direito ao mesmo tratamento dispensado ao PL, isto é, dois ministérios.

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