Diversos | (Com informações do Correio do Estado) | 08/01/2005 11h12

R$ 500 mil para a FFMS esquenta debate entre federações

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O possível repasse de R$ 500 mil para a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul causou a revolta das outras entidades esportivas do Estado. Segundo matéria do Correio do Estado, caso este recurso seja aprovado pela Secretaria Estadual da Juventude e do Esporte e Lazer poderá ser o estopim do rompimento de um acordo formulado entre a Onged (Organização Não-Governamental das Entidades Esportivas) e a Sejel.

O presidente da FFMS, Francisco Cezário, reivindica o recurso do Fundo de Investimento Esportivo para custear despesas dos clubes que vão disputar o Campeonato Estadual. Mas o valor reivindicado pela Federação de Futebol é exatamente a metade do que o governo do Estado quer destinar para o ranqueamento das federações esportivas, no qual a FFMS também quer ser inserida.

No ano passado, apostando numa promessa de que teria R$ 600 mil do Governo do Estado para o Campeonato Estadual, a Federação de Futebol optou por ignorar o FIE e nem sequer se credenciou para o ranqueamento. Apesar de o Governo ter estabelecido regras claras para o repasse de recursos, Francisco Cezário ainda conseguiu ser contemplado com a bagatela de R$ 150 mil da Fundesporte, para despesas de transporte e hospedagem dos dez clubes que jogaram o Estadual. Neste ano, serão oito clubes disputando a competição e a Federação de Futebol apresenta um projeto R$ 350 mil mais caro.

O presidente da Onged, Waldemar Scacalossi, depois de ouvir as entidades filiadas à Onged, lembrou que o Governo do Estado tem todo o direito de auxiliar quem bem entender. A Lei Kayatt, que originou o FIE, foi criada para atender as federações esportivas, que na época iniciaram a mobilização que resultou na criação da Onged. Desde que o governo criou o Fundo de Investimento Esportivo, tornou-se comum a polêmica sobre projetos.

De acordo com o Correio do Estado, no primeiro ano do FIE, a ingerência política quase levou o governo a ceder R$ 1 milhão para o piloto paranaense Rodrigo Sperafico (filho do ex-deputado federal Dilson Sperafico). O projeto foi todo articulado pela MS Esporte, empresa que pertence ao hoje vice-presidente da Federação de Futebol, Marco Antônio Tavares, que neste ano também elaborou o projeto que pede R$ 500 mil para o Estadual deste ano.

Depois deste e de outros desgastes, a Onged conquistou junto ao governo do Estado o direito de estabelecer um ranqueamento. A proposta foi formulada pelo presidente da Federação de Handebol, Josimário Derbli, com base no projeto de repasse de recursos do Comitê Olímpico Brasileiro para as confederações.

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