Diversos | Divulgação | 16/11/2005 16h45

Participação do Brasil 1 na Volvo Ocean Race pode estar comprometida

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A participação do Brasil 1 na Volvo Ocean Race pode estar seriamente comprometida. A primeira embarcação nacional na história da tradicional regata de volta ao mundo lidera a competição, mas pode enfrentar problemas referentes a erros de projeção.

Problemas semelhantes já afetaram \"barcos-gêmeos\" do modelo comandado pelo campeão olímpico Torben Grael. A informação é da edição desta quarta-feira do jornal O Globo.

Dois concorrentes, que têm desenho idêntico ao do Brasil 1, foram danificados por tempestades logo nos primeiros dias de prova e aportaram em Portugal para receber avaliação de peritos. O barco espanhol Movistar parou em Portimão, enquanto o Piratas do Caribe, dos EUA, ancorou em Cascais (30 km de Lisboa). Ambos têm problemas de mastro e quilhas e devem ter a participação na Volvo Ocean comprometida.

De acordo com os técnicos que analisam os problemas, os danos nos barcos se devem a erros no desenho do neozelandês Bruce Farr, o mesmo projetista do Brasil 1 e do o sueco Ericsson, que atualmente ocupa a segunda colocação.

Na avaliação dos engenheiros, o Brasil 1 e o Ericsson, mesmo que consigam completar a primeira etapa até a Cidade do Cabo, na África do Sul, devem também passar por revisão para eventuais reparos no projeto de construção.

O projeto de Farr teria priorizado mudanças para aumentar a velocidade, sem garantias de resistência das embarcações às tempestades, como a que afetou a disputa na última segunda-feira.

Momentaneamente fora da disputa, os barcos Movistar e Piratas do Caribe têm duas opções: fazer os reparos onde estão, completar a etapa mesmo longe dos líderes e ganhar pontos, ou levar o iate de navio ou avião para a Cidade do Cabo, ponto de chegada da primeira etapa, e reingressar a corrida a partir da cidade sul-africana.

Problemas à parte, o Brasil 1 segue na liderança da primeira etapa da Volvo Ocean Race, que começou em Vigo, na Espanha, e vai até a África do Sul.

A última atualização aponta que o barco comandado por Torben Grael tem 13 milhas náuticas de vantagem para o Ericsson, e 25 em relação ao terceiro colocado, o ABN Amro One, da Holanda.

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