Diversos | (Com informações do Ministério do Esporte) | 26/11/2004 12h40

Índios disputaram cabo de guerra e futebol de cabeça

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Índios disputaram cabo de guerra e futebol de cabeça

Reunir várias etnias indígenas, brancos e negros. Este é o principal objetivo da sétima edição dos Jogos dos Povos Indígenas, que tiveram início no último domingo, em Porto Seguro (BA). São 30 etnias brasileiras e alguns representantes dos índios da Guiana Francesa e do Peru, em um total de 1.200 participantes disputando esportes de origem indígena, com exceção para o futebol. Na quinta-feira, os Jogos foram disputados na Reserva da Jaqueira. As tribos indígenas realizaram uma cerimônia de abertura - um ritual de agradecimento - para dar início à competição de esportes típicos. A aldeia olímpica foi palco da competição de cabo de guerra, muito popular entre todos os povos e introduzida na cultura indígena pelo contato com o Exército Brasileiro. Muita gente foi à aldeia olímpica para assistir à demonstração de força e habilidade de várias etnias nesse esporte. O público vibrava e torcia junto. Mais de cinco duplas, compostas por vinte índios - dez de cada lado - participaram da competição. Depois da chuva que caiu nos últimos dias na região e atrasou o início do torneio, ontem o tempo foi um importante aliado, já que o sol brilhou por todo o dia. Com isso, o público contou com uma bela demonstração do futebol de cabeça. O esporte desperta a curiosidade de todos, pois exige muita coragem e habilidade dos índios que usam somente a cabeça para jogar com a bola de látex. Nesta sexta-feira, deverão ser realizados no Estádio do Cabralão as competições de zarabatana, com seus favoritos, os índios Matis - que habitam a região do Vale do Javari, fronteira do Amazonas com o Peru e usam ornamentos faciais que lembram uma onça. Também serão realizadas mais disputas de cabo de guerra e uma confraternização afro-indígena, uma homenagem à Mãe Terra.

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