Diversos | Lucas Castro | 28/08/2019 14h17

Crossfiteiros de Mato Grosso do Sul reúnem-se em evento na capital

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Os crossfiteiros reuniram-se no último sábado (24) na quadra poliesportiva do Colégio Status, em Campo Grande-MS, na edição inaugural do Campo Grande Games, tido como maior evento de crossfit de Mato Grosso do Sul. “Febre” nas academias do estado e do Brasil inteiro, o crossfit é uma modalidade de treinamentos intervalados, baseados na alta intensidade. A prática, criada há pouco tempo, carrega uma legião de adeptos e cresce anualmente.

Quase certeza que quem não pratica, já ouviu falar ou conhece algum crossfiteiro. A principal meta do esporte, além do condicionamento físico a curto prazo, é a superação de limites e obtenção de melhor desempenho nas atividades corriqueiras.

De acordo com o idealizador e organizador do Campo Grande Games, Kristofer Pachelli, de 32 anos, a competição reuniu cerca de 500 participantes. O público, por sua vez, lotou as dependências do colégio na capital. Aproximadamente 1.500 pessoas estiveram no local. Para ele, além de amplificar a modalidade, o evento teve como principalmente objetivo reunir a comunidade crossfiteira sul-mato-grossense.

“A gente queria fazer com que todas as academias do interior se reunissem com as da capital, para que compartilhássemos um pouco deste momento que vive o crossfit. Segundo, pelo aniversário de 120 anos da cidade, queria fazer um evento comemorativo e reunir todos em uma data tão especial para Campo Grande”, afirma Pachelli, ao Esporte Ágil.

O organizador destaca que a competição foi composta por cinco provas, com o intuito de testar todas as capacidades físicas dos atletas. “O objetivo é descobrir qual o atleta mais condicionado de forma geral. Para isso, passam por provas de condicionamento metabólico, exercícios cardiorrespiratórios, com a finalidade de, no final, descobrir quem são os melhores. Os cinco primeiros de cada categorias fazem uma sexta prova e quem for campeão desta é o grande vencedor geral do campeonato”.

Pachelli quis unir todas as academias/boxes de Mato Grosso do Sul
(Foto: Emerson Freitas/Esporte Ágil)

Isto é, para faturar o título do Campo Grande Games, o crossfiteiro precisou ser bom em tudo, no que se refere à parte física e de superação. No torneio, as provas foram de resistência, força, além da junção destes dois elementos. “Não vence o atleta mais forte, nem o mais resistente, mas sim o mais completo”, diz Pachelli.

Quem se encantou pela onda crossfiteira foi Rafael Lima, de 31 anos, que atuou como diretor de provas no evento no fim de semana. Sua função na competição foi coordenar os judges (árbitros) e acompanhar o desempenho dos atletas.

Lima uniu paixão e profissão e não abandona o crossfit tão cedo (Foto: Divulgação/Jornal da Região)

Ele confessa que foi “abraçado” pela modalidade, principalmente por se assemelhar à área na qual trabalhava anteriormente: treinamento físico voltado ao futebol.

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Lima é natural de Andradina-SP, a 371 quilômetros de Campo Grande. Ele pratica e participa de competições há quatro anos e de 2016 para cá, dedica-se à organização de eventos de crossfit. “Vi o crossfit como um leque da minha profissão, a área que poderia estar trabalhando que se aproximava daquilo que já fazia. Então, comecei pensando na questão profissional, mas acabei me apaixonando. Hoje, levo o crossfit como estilo de vida, tanto dentro da academia, quanto fora, na questão de alimentação, descanso, forma de vestir. É um estilo de vida, assim como o skatista, surfista”.

No Campo Grande Games, o que não faltou foi disposição dos atletas
(Foto: Emerson Freitas/Esporte Ágil)

Ao Esporte Ágil, o andradinense explica que cada prova tem um objetivo específico, que gera pontuações aos atletas. “Tem provas que os atletas devem fazer o máximo de repetições de algum movimento, volume. Em outras, o máximo de cargas, o maior peso levantado. Tem provas que devem completar uma tarefa no menor tempo possível”.

Quem valida ou invalidada os movimentos dos participantes nestas tarefas são os judges (árbitros). Eles são os responsáveis por quantificar o desempenho de cada atleta e equipe. “Ele usa uma súmula para anotar a quantidade de repetições ou o tempo que o atleta fez a prova, é uma forma de anotar o desempenho da equipe”, salienta Lima.

O campeão teve de ser bom em todos os fundamentos (Foto: Emerson Freitas/Esporte Ágil)

Febre crossfiteira

Kristofer Pachelli ressalta que o interesse acentuado das pessoas pelo crossfit deve-se aos exercícios que fogem do habitual. De acordo com ele, a maior parte dos que procuram o esporte são aqueles que não conseguem ficar parados. “A pessoa corre, faz treinos de força, curto, explosivo, de resistência. O atleta consegue abranger uma quantidade maior da população”.

“Então, pega-se aquela pessoa que não gosta de monotonia, tem um espírito coletivo, que ajuda os treinos, um ajuda o outro, motiva, tem um espírito de comunidade para praticar o esporte e ela acaba não querendo deixar mais o crossfit. Acho que é uma junção de todas estas observações que resulta nesta 'febre' no mundo todo”, acrescenta.

Doação de alimentos

Mais do que o escorrer do suor no ginásio do Colégio Status, o Campo Grande Games teve cunho social. Para prestigiar o evento, o público teve de deixar na portaria dois quilos de alimento não perecível. Os mantimentos foram repassados à Cruz Vermelha, para reabastecimento do estoque, disponível para ocasiões de calamidade no estado.

“Este estoque está baixo. Doamos tudo e, se houver uma sobra do que precisam, eles irão encaminhar para as comunidades que já são cadastradas no sistema da Cruz Vermelha”, finaliza Pachelli.

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