Joilson Leite: Da luta como atleta à carreira como árbitro de boxe
Joilson de Souza Leite, natural de Miranda, é um árbitro de boxe com uma trajetória que reflete a dedicação ao esporte e a busca constante pelo aprimoramento. Aos 38 anos, ele já vivenciou diversas facetas do combate, não só como árbitro, mas também como atleta de boxe, muay thai, karatê e jiu-jitsu, modalidades que o ensinaram sobre a disciplina e a necessidade de estudo contínuo.
Após se afastar das competições como atleta devido a uma fratura no zigomático, a arbitragem surgiu como uma forma de continuar conectado ao universo das lutas. "Foi através do convite do meu irmão, árbitro de boxe internacional 2 estrelas, que iniciei a arbitrar. A motivação é sempre estar ao lado do esporte, e pude colocar minha família para trabalhar junto de mim: minha esposa como árbitra e meu filho como atleta", conta Joilson.
Embora a experiência como atleta tenha sido um diferencial no início de sua carreira na arbitragem, Joilson percebeu que o trabalho como árbitro exige mais do que simplesmente conhecimento técnico. "Quando comecei a atuar na arbitragem, eu pensava que, por ser atleta, teria a maior facilidade, mas o engano foi muito grande. A arbitragem tem que ter muito estudo e saber ver detalhes minuciosos", explica.
A formação de Joilson passou por diversos cursos e treinamentos com nomes de destaque no cenário nacional e internacional. Ele começou sua preparação em Campo Grande, com o auxílio de seu irmão, e seguiu com treinamentos mais avançados, incluindo com a árbitra olímpica Marcela Souza e com o renomado Vanildo Oliveira. "O boxe é evolução todos os dias, e é muito importante manter a leitura das regras e sempre assistir lutas para manter o aprimoramento", destaca.
Para atuar em eventos nacionais e internacionais, Joilson obteve certificações da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) e da Word Boxing, essenciais para quem deseja se destacar no cenário global. "O boxe é um esporte que exige disciplina e constante atualização, não importa o quão experiente você seja", afirma.
Um dos momentos mais marcantes de sua carreira foi o seu primeiro Campeonato Brasileiro, onde teve a oportunidade de arbitrar lutas de grandes atletas como Beatriz Ferreira e Abner Teixeira, medalhistas olímpicos. "Ter arbitrado lutas dessas estrelas do boxe nos deixa confiante e realizado", relembra com entusiasmo.
A experiência em diferentes tipos de competições, tanto estaduais quanto nacionais, proporcionou a Joilson uma visão ampla da arbitragem. Ele explica que a principal diferença entre os eventos é o volume de lutas e a visibilidade. "Nos eventos estaduais, temos de 10 a 12 lutas por dia, enquanto nos nacionais são de 30 a 35. E a visibilidade no cenário nacional é muito maior", observa.
A pressão sobre o árbitro é um aspecto que Joilson leva muito a sério. Tomar decisões rápidas e corretas durante uma luta é importante, e ele descreve a dificuldade de lidar com a responsabilidade de garantir a integridade física dos atletas. "O árbitro sempre vai seguir a regra principal, que é a preservação da integridade física do atleta. Quando paramos uma luta, alguns técnicos podem reclamar, mas nosso papel é sempre manter a segurança do atleta", explica.
Em relação à evolução do boxe no Brasil e em Mato Grosso do Sul, Joilson destaca avanços significativos, especialmente após 2012. O Brasil se consolidou como uma potência na modalidade, com destaque para atletas que conquistaram medalhas olímpicas e mundiais. No Mato Grosso do Sul, o boxe também tem ganhado força nos últimos anos, apesar de desafios relacionados ao apoio e incentivo. "O boxe precisa ser reconhecido para poder evoluir no MS. Mas o trabalho que vem sendo feito está trazendo bons frutos, e o incentivo tem voltado a crescer", afirma Joilson.
Para aqueles que aspiram a seguir os passos de Joilson na arbitragem, ele deixa um conselho claro: "O estudo é essencial. Não pode ter preguiça de estudar, de saber as regras de ponta a ponta. Só assim você consegue evoluir e se destacar". Ele também lembra que a imparcialidade é uma característica fundamental para um bom árbitro: "Temos que focar nos dois atletas, independente de quem esteja lutando".
Joilson compartilha um olhar otimista sobre o futuro do boxe em Mato Grosso do Sul e no Brasil, com a expectativa de que o esporte continue a crescer. "As expectativas são as melhores, pois sempre buscamos evoluir. Cursos e seminários são fundamentais para que possamos continuar avançando", conclui.
Com planos de chegar a eventos internacionais, como as Olimpíadas e Mundiais, Joilson segue sua trajetória com o objetivo de continuar aprendendo e contribuindo para o crescimento do boxe no Brasil e em sua região. Ele se espelha em grandes árbitros e técnicos, como Marcela Souza, Edson Mendes e Genival Gomes, e sonha em, um dia, ser reconhecido como parte desse grupo de referência no esporte.
Para quem deseja conhecer um pouco mais do trabalho, basta entrar em contato pelo número (67) 9 9655-4721.
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