Bate-Bola | Jones Mário | 25/11/2013 09h29

Bate-Bola: Mario Angelo Ajala

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"Acredito que no futuro vai ocorrer a extinção dos campos de futebol oficiais" (Foto: Arquivo Pessoal)

Mario Angelo Ajala

Em 2000, junto com três amigos, Mario Angelo Ajala começou a organizar p Campeonato Terrinha de Futebol Amador. Hoje, o torneio já é um dos mais tradicionais de Campo Grande e congrega atletas de diversos bairros da Capital.

Em entrevista ao site Esporte Ágil, Major Ajala, como é conhecido, conta sobre como surgiu o Campeonato, como vê o cenário do amadorismo em Campo Grande e suas semelhanças e diferenças com os torneios profissionais.

Esporte Ágil - Como começou a organização do Campeonato Terrinha? Em que ano, com que objetivo?

Mario Angelo Ajala - No ano de 2000. Começou em reunião juntamente com Paulinho, Zacarias e “Shark”, com objetivo de movimentar o esporte amador no bairro e na região.

EA - Desde então, quais foram e são as principais dificuldades em organizar campeonatos de futebol amador?

MAA - Conseguir um apoio junto à comunidade e comerciantes, além da prefeitura e da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul). Nestas entidades não se tem apoio nenhum quando se trata de alguém que organiza um campeonato sozinho.

EA - Existe um contato com os demais organizadores de competições de futebol amador da cidade, com objetivo de fortalecer as mesmas?

MAA - Não, porque hoje, na verdade, existe uma competição individual e não procuram agir em coletivo, com intuito de melhorar o campeonato amador.

EA - Jean, atualmente no Fluminense (RJ), já disputou campeonatos amadores na Capital. Você acredita que o papel do Terrinha, assim como outros amadores, seja também revelar jogadores?

MAA - Lógico, como todo campeonato amador, é uma abertura para a revelação de futuros craques do nosso futebol sul-mato-grossense.

EA - As premiações, sempre com boas quantias em dinheiro, são um diferencial dos amadores. Como se dá o processo de arrecadação para os prêmios?

MAA: No meu campeonato é feito através da arrecadação das inscrições das equipes, sem apoio de qualquer politico ou de empresas. Mas se todos os campeonatos tivessem apoio da Prefeitura, de órgãos do esporte, eu tenho certeza que poderia melhorar muito mais as premiações.

EA - Qual é o objetivo principal do Terrinha? Unir a comunidade? Promover o esporte?

MMA - É unir as duas coisas, tanto a parte comunitária como a parte do esporte. O esporte faz com que evitemos muita ansiedade por parte dos jovens e adolescentes.

EA - Acredita que falte apoio público ou privado para os amadores?

MAA - Falta dos dois lados, tanto na parte dos órgãos públicos como na parte empresarial. Na parte política, os que eles querem é somente usar o torneio como cabo eleitoral no ano de eleição, e isso é lamentável, pois se nos tivéssemos um apoio por parte deles eu tenho certeza que  seria muito melhor para nosso esporte amador.

EA - Qual sua perspectiva para o cenário do Futebol Amador de Campo Grande para o futuro?

MMA - Acredito que no futuro vai ocorrer a extinção dos campos de futebol oficiais, e que daqui a pouco vamos acabar com os campos de futebol de sete, pois a própria Prefeitura está fechando os poucos campos que ainda temos.

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