Bate-Bola | Jeozadaque Garcia/Da redação | 09/08/2010 14h11

Bate-bola: Maria Justina Gimenez

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“Nossos atletas não deixam a desejar, o que falta mesmo é o tempo para ter um treinamento melhor”. “Nossos atletas não deixam a desejar, o que falta mesmo é o tempo para ter um treinamento melhor”. (Foto: Foto: Jeozadaque Garcia)

Maria Justina

Ela se define como uma 'apaixonada' pela ginástica rítmica. A campograndense Maria Justina Gimenez coordena o Centro de Excelência Caixa da modalidade em Mato Grosso do Sul e realizou, quase sem apoio, a Seletiva que definiu as cinco representantes do Estado nas Olimpíadas Escolares e nos Jogos da Juventude.

No Bate-bola, ela conta um pouco sobre seu começo com a ginástica e cobra mais atenção das entidades com a modalidade. "A Federação trabalha para promover a modalidade, popularizar, só que sozinha é complicado. Nós precisamos de parceiros pra ajudar e incentivar", afirma.

Esporte Ágil - Como e quando começou seu relacionamento com a ginástica rítmica?
Maria Justina - Meu trabalho começou no Colégio Auxiliadora. Lá, tinha uma professora que já trabalhava com a modalidade, a Cristiana Quadros, e ela, por algum motivo, precisou sair da escola. Eu terminei a faculdade, e como já trabalhava no colégio com o balé clássico, comecei me interessar pela ginástica rítmica e me apaixonei pela modalidade, aí parei de trabalhar com o balé e fui atrás de especialização, fazer cursos de arbitragem, para saber mais da modalidade.

EA - Então você não chegou ser atleta?
MJ - Não, pois até pouco tempo não tinha ginástica nas escolas. Eu não conhecia, vim a conhecer na faculdade de Educação Física a modalidade. Infelizmente não tive oportunidade de ser atleta, mas fui bailarina.

EA - Você afirmou que "ninguém moveu uma palha" para te ajudar organizar a seletiva para as Olimpíadas Escolares. Por quê?
MJ - Não sei se é porque passou o tempo de levar os projetos, por causa da política. É complicado. As portas fecham porque as pessoas não conhecem o que é ginástica rítmica. A Federação trabalha para promover a modalidade, popularizar, só que sozinha é complicado. Nós precisamos de parceiros pra ajudar e incentivar.

EA - Como as entidades públicas têm olhado para a ginástica rítmica hoje em Mato Grosso do Sul?
MJ - Eu trabalho em um projeto, que é o Atleta do Futuro, da Prefeitura. Inclusive as ginásticas que ganharam primeiro e segundo lugares [na Seletiva] são desse projeto. A gente têm as parcerias, espaço pra treinar, mas não é suficiente, pois não é espaço só para a ginástica. Nós temos um determinado horário. Eu tenho aqui no Auxiliadora duas vezes na semana e no Sesc outras três. Só que esse horário não é suficiente. Nessa escola, temos vários esportes. O ginásio não pode atender só a rítmica. Eu precisaria de um local para trabalhar com a ginástica das 13h às 18h.

EA - Você falou do Atleta do Futuro, que é da Prefeitura. E o Estado, como tem trabalhado com a modalidade?
MJ - Dentro das Escolas do Estado já tem o projeto de ginástica rítmica. Não temos nada em relação a Fundesporte, nenhuma competição no calendário este ano. Eu creio que, agora com as Olimpíadas Escolares, a modalidade vai entrar no calendário da Fundesporte no ano que vem.

EA - Você acha que Mato Grosso do Sul teria condições de colocar um ginasta nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro?
MJ - Essas meninas que conseguiram a classificação estão despontando. O que falta mesmo para elas é o horário para poder fazer esse trabalho, pois talento elas tem. Nós não estamos longe. Nossos atletas não deixam a desejar, o que falta mesmo é o tempo para ter um treinamento melhor. Aqui tem profissional que sabe trabalhar o rendimento.

EA - Essas cinco atletas classificadas para as Olimpíadas Escolares e Jogos da Juventude terão apoio para competir fora?
MJ - A Fundesporte vai levar as atletas, mas a seletiva aqui foi apenas a Federação que realizou.

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