Bate-Bola | Da Redação | 25/01/2013 10h53

Bate-Bola: Clayton Lopes Ortega

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"Não recebemos nada. Uniforme, bola, colete, redes para vôlei, não foi repassado absolutamente nada para nós". (Foto: Jeozadaque Garcia)

Clayton Lopes Ortega

Titular da Secretaria da Juventude, Esportes e Lazer de Sidrolândia desde o início deste ano, quando o prefeito interino Ilson Peres (PSDB) assumiu o mandato, Clayton Lopes Ortega tem uma série de ‘abacaxis’ para descascar. Além de reestruturar a própria pasta e colocar em funcionamento projetos do Governo Federal ainda estacionados na cidade, o secretário luta para reerguer praças esportivas em completo abandono do município.

O caso mais grave foi mostrado esta semana pelo MS em Dia e repercutiu na mídia estadual. O Estádio Municipal Sotéro Zárate e o ginásio Olegário da Costa Machado, que chegou a ser interditado por conta do descaso, foram vítimas do descaso. Neste último, pedaços de taco se soltaram do quadra, colocando em risco a integridade física dos atletas.

“Hoje nós trabalhamos contra o tempo e de forma acelerada para que a gente consiga reformar e até mesmo ampliar a quadra, além de melhorar as instalações”, garante Clayton Ortega, que concedeu entrevista ao portal e falou ainda sobre as ações que são feitas para melhorar as praças esportivas da cidade e os planos para o primeiro ano da nova gestão.

EA - Em qual situação as praças esportivas de Sidrolândia foram encontradas?

Clayton Lopes Ortega - Nós recebemos as praças esportivas em um estado considerável de abandono. Tinha muita sujeira, lixo, gramas e árvores a serem podadas, material esportivo zero. Essas foram algumas das situações que encontramos quando chegamos aqui.

Não havia nem material esportivo disponível para os atletas?

Nada, não recebemos nada. Uniforme, bola, colete, redes para vôlei, não foi repassado absolutamente nada para nós.

Por que o ginásio Olegário da Costa Machado foi interditado?

Veja bem. O ginásio Olegário da Costa Machado, principal palco para ações esportivas em quadra no município de Sidrolândia, oferece um risco muito grande para a integridade física dos atletas e das pessoas que venham a utilizar a quadra de esportes. Então hoje nós trabalhamos contra o tempo e de forma acelerada para que a gente consiga reformar e até mesmo ampliar a quadra, além de melhorar as instalações.

O que está sendo feito no ginásio e no Estádio Municipal Sotéro Zárate, que fica ao lado?

Hoje o ginásio já está passando por manutenção. Fizemos podas de árvores, de grama, retirada de entulhos, recuperação de pista de salto em distância e altura. No ginásio nós efetuamos a limpeza e foram identificados alguns pontos críticos, principalmente rachaduras nas paredes, arquibancadas. Já está sendo solicitada vistoria técnica de engenheiros, fazemos análise da possibilidade de ampliar o tamanho da quadra, trazendo ela bem próximo do oficial. Momentaneamente nós estamos trabalhando nos levantamentos das necessidades, dos valores que precisamos trabalhar para, a partir daí, sairmos em busca dos recursos para as mudanças.

Há um prazo para concluir essas reformas no complexo?

Prazo para reforma fica um pouco complicado, já que neste primeiro momento estamos levantando as necessidades. Porém, acreditamos que, no mais tardar, em 30 ou 40 dias já conseguiremos dar uma resposta a população.

Como o Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, está sendo aplicado em Sidrolândia?

O Programa Segundo Tempo, na verdade, está no município desde 2011. Nós encontramos ele abandonado, nada foi feito. É um programa que deveria estar em atividade desde 2011, auxiliando a família e o jovem. Quantos jovens nós teríamos tirado da rua se ele estivesse funcionando há dois anos? Nós entramos aqui com um prazo curto e até o dia 25 de janeiro estamos trabalhando. Falta bem pouco para colocarmos o programa em andamento.

Qual a situação do Poliesportivo Leonel Brizola?

A equipe de manutenção vem avançando. Nós começamos pelo ginásio, estádio, passamos pelo Jardim Pindorama, já estamos providenciando a recuperação do campo, quadra de vôlei de areia, para que aquela comunidade volte a ter um ponto para suas atividades físicas. Neste início de semana estamos no Parque Leonel Brizola, que também está em um estado avançado de abandono. Ali o pessoal vem fazendo a manutenção preventiva e já estamos fazendo levantamento necessários para que possamos ter em mãos aquilo que precisamos para recuperar aquela praça.

A própria secretaria de Esportes passou por mudanças desde o início do ano, certo?

Correto. Hoje, com 20 dias de gestão, temos a satisfação de ter nossa sede. O esporte hoje tem casa nova. Em breve vamos apresentar  a nova sede da Secretaria de Esportes ao Município de Sidrolândia. Posso adiantar que é um prédio amplo, espaçoso, onde teremos nossa secretaria, a sala do Secretário. Temos ainda o Departamento de Programas e Projetos, que vai trabalhar apenas com a manutenção de todos os programas e projetos que venham dos governos Estadual e Federal para a sociedade. Departamento de Desporto, Lazer e Planejamento, que estará trabalhando diretamente com a elaboração de competições; e o Departamento de Ação, Saúde e Bem Estar, que vai trabalhar com ações voltadas a sociedade, como caminhadas, passeios ciclísticos e projetos para a terceira idade.

Já existe um calendário esportivo para o ano de 2013?

Nós temos vários projetos já montados, e dependemos apenas da parte estrutural que nos impossibilita de alguma forma. Mas acredito que em breve a gente divulgue este calendário esportivo. Se fosse para divulgar agora, já teríamos condições, mas temos um período político que nos limita o espaço de tempo de trabalho. Mas já temos a programação pronta e estamos acertando os últimos detalhes e em breve vamos anunciar esse pacote de ações.

As verbas destinadas a esses programas esportivos serão suficientes?

Nós sabemos que o governo, da forma como foi recebida a Prefeitura, os recursos ainda são limitados e existem outras prioridades, como saúde e educação. Nós pegamos a cidade com epidemia de dengue e o pessoal vem trabalhando forte para reverter esse quadro. Nós sabemos que existe essa dificuldade, mas a Secretaria tem algumas alternativas que serão trabalhadas e com certeza encontraremos saídas para que possamos realizar essas atividades.

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