Bate-Bola | Da redação | 14/08/2008 14h55

Bate-bola: Chuí

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Chuí

O ala Marco Aurélio Pegolo dos Santos, o Chuí, tem 44 anos e 24 de carreira. Sagrou-se pentacampeão brasileiro e campeão da Taça Brasil. Pela seleção brasileira, foi bicampeão sul-americano (1989 e 1993), medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Mar del Plata, na Argentina (1995), e participou do Campeonato Mundial da Grécia (1998).

Chuí é o maior ídolo da equipe da cidade de Franca, que é considerada a capital do basquete brasileiro, sendo o recordista de jogos e pontos com a camisa de Franca (marcou 14.845 pontos em 959 partidas). Atualmente, ele é treinador da equipe do Lupo/Araraquara e prepara a equipe para a disputa do Paulista, que vai de setembro deste ano até janeiro de 2009.

No mês de julho, ele esteve em Campo Grande para rever amigos e familiares, e aproveitou para "bater-bola" e conversar com os atletas do basquete da Funlec - Oswaldo Tognini e da IESF, do diretor Miguel de Castro, que foi companheiro de equipe de Chuí no time de Franca. Em entrevista ao Esporte Ágil, ele falou sobre sua carreira como treinador e sobre o basquete brasileiro.

Esporte Ágil - Você sempre vem à Campo Grande?
Chuí -
Sim, meus pais moram aqui, eu morei aqui na adolescência. Sempre venho nas férias do meio do ano, para rever familiares e amigos.

Esporte Ágil - Sempre conversa com atletas do basquete aqui da cidade?
Chuí -
Gosto de incentivar. Se tiver algum time treinando, em atividade, eu converso com os guris.

Esporte Ágil - Como está a carreira como treinador?
Chuí -
Treino a equipe adulta do Lupo/Araraquara. Começamos em agosto os treinamentos, para o Paulista de Basquete, que vai de setembro até janeiro.

Esporte Ágil - Como é ser o maior ídolo da equipe de Franca, considerada a capital do basquete brasileiro?
Chuí -
O basquetebol faz parte da cultura de Franca, com mais de 50 anos de história. Eu defendi a equipe por 16 anos, as pessoas me reconhecem nas ruas, pois me viram atuando, lembram de jogos importantes. Na maioria das cidades, sempre fica o imaginário, o passado, do futebol, mas Franca é uma cidade única no basquete.

Esporte Ágil - Como você vê a situação atual do basquete brasileiro?
Chuí -
O basquete está cada vez mais difícil, com mais equipes fortes. O Brasil perdeu a chance de ir às Olimpíadas no ano passado, no Pré-Olímpico de Las Vegas, contra a Argentina. Na Europa, todos sabiam que seria ainda mais difícil. Mas o basquete brasileiro está evoluindo e acredito que estaremos presentes nas próximas Olimpíadas.

Esporte Ágil - Você falou sobre acreditar, investir e treinar, que o atleta, mesmo não sendo tendo mais de 2 metros, pode atuar em qualquer clube. Como você esta questão?
Chuí -
Passo essa idéia para todos os atletas, ele tem que acreditar que ele pode. Não apenas no esporte, mas na vida. Se ele quiser ser médico, estudar, se dedicar, ele chega à esse objetivo. No basquete, ele pode ter 1,90m que pode jogar, não precisa ter 2,10m. Ele treina, se adapta, que pode ter espaço em qualquer equipe. Necessariamente, você não precisa ser um cara alto e forte (claro que tem que ser maior que a média), mas também não precisa desistir só porquê não vai chegar à NBA, você pode jogar no time do seu Estado, da sua cidade, do seu colégio, são vários os níveis do basquete e todos podem participar.

Esporte Ágil - Marco Aurélio, porquê o apelido Chuí?
Chuí -
Eu morava aqui em Campo Grande e fui jogar em Franca. Antes de mim, o Miguel já havia ido e quando chegou lá, o time o apelidou com nome indígena, Xingú. Quando eu cheguei lá, também quiseram me apelidar com nome indígena, e acabou ficando Chuí, o apelido pegou na quadra, na rua, na escola.

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