Atletismo | Da redação | 02/01/2005 14h34

Quenianos dominaram São Silvestre

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Durou oito quilômetros o sonho do Brasil de conquistar o título da 80ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre. Foi o percurso suficiente para Rômulo Wagner ficar longe do pelotão de frente e ver, de longe, a vitória do queniano Robert Cheruiyot, na prova disputada na tarde desta sexta-feira.

O país africano mostrou que veio mesmo para tomar o domínio da prova com o bi de Cheruiyot, com o tempo extra-oficial de 44min43. A prova feminina também foi vencida pelo Quênia, com Lydia Cheromei, tricampeã da São Silvestre.

Aliás o Brasil mostrou que sentiu a ausência de Marílson Gomes, campeão em 2003, e Vanderlei Cordeiro de Lima, bronze na maratona das Olimpíadas de Atenas. O melhor colocado do país foi Clodoaldo Gomes da Silva, que terminou em quinto.
O etíope naturalizado australiano Sisay Bezabeh ficou em segundo lugar, com a marca de 45min05. Os quenianos Stephen Biwott e Benson Barus vieram logo atrás, seguido por Clodoaldo, único representante brasileiro no pódio.
A corrida

Como sempre o início foi marcado pelos coelhos, que assumem a ponta por pouco tempo. Em 2004, a responsabilidade ficou com Roberto Rodrigues de Oliveira, que manteve a liderança até o quinto quilômetro.

A ordem só foi estabelecida no quilômetro seguinte, quando seis corredores se destacaram: os quenianos Cheruiyot, Biwott, Lawrence Kiprotich e Benson Barus, o australiano Sisay Bezabeh e o brasileiro Rômulo Wagner da Silva.

Mas Rômulo não conseguiu aguentar o ritmo dos adversários. Na altura do nono quilômetro, o brasileiro ficou distante do grupo, assim como o queniano Kiprotich. Com isso, a briga foi resumida ao australiano Bezabeh e os três quenianos.

Biwott ditou o ritmo para o grupo até o décimo quilômetro, quando finalmente o compatriota Cheruiyot resolveu disparar. Após o Teatro Municipal, no centro de São Paulo, ele abriu vantagem sobre os rivais.

O único a acompanhar o ritmo, mas um pouco distante, foi o australiano Bezabeh. Porém o campeão de 2002 abriu vantagem na subida da Brigadeiro Luís Antônio e soube manter a frente até a linha final na Avenida Paulista.

O destaque nos últimos metros ficou por conta de Clodoaldo Gomes, que saiu do sétimo lugar para ser o único atleta brasileiro no pódio, evitando assim o vexame de 1998, quando o país não colocou ninguém entre os cinco primeiros.

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